O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse na tarde desta terça-feira (29) que uma eventual fusão entre Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) não é positiva para o país, acrescentando que vem trabalhando contra a operação. As companhias assinaram em janeiro um Memorando de Entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de explorar uma combinação de operações no Brasil.
O posicionamento do ministro representa uma mudança de posição: em janeiro, pouco tempo após a divulgação do MoU de Gol e Azul, Costa Filho disse que a fusão ajudaria a preservar os ativos que passam por reestruturação.
“Essa questão da fusão compete ao Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], é questão de regulação. Quem define a possibilidade da fusão é o Cade. Mas eu, como ministro de Portos e Aeroportos e como cidadão, acho que essa fusão não é boa para o Brasil. Eu estou trabalhando e tenho torcido para que essa fusão não ocorra.”
Costa Filho acrescentou ainda que o governo está disponibilizando R$ 4 bilhões do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para apoiar as duas aéreas via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Tem o primeiro programa de incentivos às aéreas e a gente espera que, ao final, cada uma tenha o seu caminho independente, porque isso democratiza mais a aviação brasileira e fortalece, sem dúvida alguma, a aviação do País.”