A gestora de fundos Metrix lança em janeiro no Brasil o espelho de seu fundo de criptoativos focado em uma estratégia “long bias”, predominantemente com posições compradas. A estratégia de distribuição das cotas será totalmente centrada em assessorias de investimentos (AIs), aponta o fundador e líder da área de crescimento (CGO) da gestora, Bernardo Bonjean. De início, o fundo ficará disponível na EQI, ligada ao BTG (BPAC11), e na Invest Smart, vinculada à XP. O rebate aos assessores será de 30% da taxa de performance e de 40% a 80% da taxa de administração.
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“Visitamos escritórios de todas as regiões do País, de diferentes tamanhos. Além de falar com assessores, falamos também com os clientes. Percebemos que cerca de dois terços dos investidores, tanto o cliente de corretora como o que ainda não investe, preferem terceirizar o investimento cripto para uma especialista”, afirma Bonjean. A busca é por quem está exposto a cripto nas exchanges (“bolsas” ou “corretoras” de criptoativos), mas sem uma estratégia definida e conhecimento do universo cripto.
A expectativa da Metrix é captar R$ 5 bilhões em cinco anos. “A gente entende que o universo cripto, principalmente os projetos que investimos, estão muito no começo. Os ativos que estamos chamamos de os novos bitcoins. Com eles, não achamos utópico entregar retorno anualizado na casa dos 50%.” Com esta projeção, o executivo estima que mais de R$ 1 bilhão podem ser distribuídos aos assessores no período.
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O fundo matriz é o Metrix Liquid Token Fund I, que opera há cerca de um ano e alcançou rentabilidade de 100% na primeira semana de dezembro. Atualmente a carteira carrega 28 posições. A estratégia de investimentos é baseada na análise de milhões de dados, mas, diferentemente dos fundos quantitativos, as decisões de investimento são tomadas por gestores humanos.
“Quisemos validar nosso ‘research’ primeiro. Temos uma área de pesquisa toda baseada em máquinas, em um software proprietário que analisa nove verticais e mais de cem indicadores.” O veículo não faz movimentações com alta frequência. Este ano, o trade mais curto foi de 15 dias, afirma Bonjean. Ainda assim, estratégias de “long and short”, mais ágeis, estão em desenvolvimento.
O fundo espelho chega ao mercado com mínimo de investimento de R$ 1 mil, restrito aos investidores profissionais e qualificados. Serão cobrados 2% de taxa de administração e, como taxa de performance, 20% do que exceder o benchmark (CDI). Ao longo do primeiro trimestre serão feitas as adaptações, conforme a Resolução CVM 175, para disponibilizar cotas também ao varejo.