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Gestora busca investimentos em países próximos ao início de corte de juros

A Ibiuna diz, ainda, que observa uma “dessincronização” no ciclo de política monetária nas economias desenvolvidas

Gestora busca investimentos em países próximos ao início de corte de juros
(Foto: Envato Elements)

A estratégia macro da Ibiuna Investimentos observa uma “dessincronização” no ciclo de política monetária nas economias desenvolvidas, em meio a uma precificação dos mercados para um atraso no início de cortes de juros. Assim, a gestora está em busca de oportunidades de investimentos associadas à diferenciação do ciclo, com foco em países que estão mais próximos de começar o afrouxamento monetário.

“Os mercados globais seguiram em fevereiro precificando um atraso na expectativa de cortes de juros no mundo desenvolvido Ocidental. As justificativas são dados ainda fortes de atividade econômica nos Estados Unidos, resiliência dos mercados de trabalho no G10 e taxas de inflação que estão se consolidando em um patamar baixo mas ainda acima de suas metas. Esse contexto deu espaço para que os bancos centrais nesse grupo sejam pacientes e ganhem mais confiança na trajetória de convergência da inflação às metas antes de dar início a um ciclo de relaxamento da política monetária”, avalia a equipe da Ibiuna, em sua mais recente carta mensal de gestão.

Segundo a gestora, ainda assim, as condições específicas a cada economia apontam para “uma dessincronização do início do ciclo, o que pode se tornar um tema de investimento relevante para nossa estratégia neste ano”.

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A Ibiuna traz como exemplo a avaliação de que os bancos centrais europeu, inglês e suíço “têm grande probabilidade” de se mover antes que o dos Estados Unidos, enquanto há “crescente possibilidade” de que o Japão encerre sua política de juros negativos a partir de abril. Nos mercados emergentes, a “dessincronização” no ciclo de política monetária já está em curso há algum tempo, destaca a gestora.

Com isso, no exterior, a Ibiuna mantém o risco alocado em posições aplicadas (que apostam na queda) em países desenvolvidos e emergentes diante da perspectiva de início ou intensificação de ciclo de queda de juros ainda neste primeiro semestre.

Moedas e ações no exterior

Em moedas, a gestora informa ter um viés tático comprado (que aposta na alta) em dólar. “A força relativa da economia americana expressa em diferencial relevante de crescimento ou de trajetória de juros à frente. Esse ambiente aponta para um viés de apreciação do dólar”, descreve a carta mensal.

Na renda variável, a Ibiuna mantém exposição a índices futuros de ações nos Estados Unidos e na Europa. Segundo o documento, “diante da resiliência da atividade econômica no mundo, ganhou força o cenário de aterrissagem suave do crescimento que aliado ao relaxamento de condições financeiras deve seguir impulsionando a classe de renda variável”.

Viés tático no Brasil

A Ibiuna afirma manter um “viés tático e oportunístico” nos ativos domésticos, com posições aplicadas em juros nominais e reais, além de exposição a ações brasileiras – mirando a captura de alfa puro via posições long-short não direcionais – e ao mercado de crédito.

“Por um lado, os mercados locais seguem atrelados ao movimento dos mercados globais sem gatilhos óbvios que levem a um ambiente de performance positiva diferenciada. Por outro lado, a fragilidade imposta ao cenário pela incerteza associada a uma trajetória crescente a perder de vista do endividamento público demanda prêmio adicional de risco em particular para ativos de maior prazo ou duration”, avalia a gestora. Assim, segundo a carta, há uma perspectiva construtiva dos ativos do País a curto prazo, mas cautelosa para prazos mais longos.

Resultado em fevereiro

Em fevereiro, o Ibiuna Hedge FIC FIM apresentou alta de 0,73%, acumulando valorização de 7,3% nos últimos 12 meses. Segundo a carta, o livro de moedas foi o principal destaque positivo do mês, principalmente com posições compradas (que apostam an alta) no peso mexicano. Houve ainda saldo positivo com as estratégias de ações – com posições compradas em índices de países desenvolvidos – e sistemática. Em juros, as posições aplicadas em países desenvolvidos foram as principais detratoras de performance.

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