A Oaktree Capital Management está com um pouco mais de dry powder atualmente do que estava há um ano. A expressão se refere ao capital comprometido que ainda não foi investido. O motivo? Embora não trabalhe com base em previsões macroeconômicas e market timing, a gestora fundada por Howard Marks optou por se precaver para o caso de maior volatilidade nos mercados, dado que o cenário nos Estados Unidos têm sido agitado por conta das expectativas quanto à política monetária e as eleições presidenciais.
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“Uma coisa que temos feito diferente hoje em relação há um ano é ter um pouco mais de dry powder no portfólio. Isso nos dá a oportunidade de ser flexível e agir rapidamente se virmos mais volatilidade nos ativos”, contou Wayne Dahl, diretor executivo e co-gerente de portfólio da Oaktree, em entrevista ao Broadcast Investimentos na semana passada, durante participação no evento Expert XP.
Dahl reforça que a gestora não toma decisões com base em projeções macroeconômicas e que não está tentando fazer o timing de nenhum eventual cenário. “Como investidores em crédito privado, temos a vantagem de obter um rendimento atrativo que nos dá a capacidade de sermos pacientes, sem precisar agir rapidamente. Podemos ganhar mesmo com eventos de volatilidade”, disse, após ser questionado sobre expectativas quanto à economia americana.
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Para o executivo, o que é possível avaliar é que a qualidade dos ativos no mercado está “muito boa”, o que leva os spreads (prêmios) no crédito privado a estarem menores atualmente – mais em alguns setores que em outros. “Não vemos um risco elevado de inadimplência. De modo geral, nos tipos de ativos em que investimentos, há a melhor qualidade em cerca de uma década”, afirma Dahl.
Em termos de setores, o executivo destaca que os que estão menos vinculados aos ciclos de mercado tendem a representar uma “aquisição mais consistente” para o portfólio. Ele cita as indústrias de papel e embalagens, como exemplo. Outra área em que viu surgir oportunidades está relacionada à energia, com investimentos em torno do crescente tema da inteligência artificial (IA). “Os data centers precisam de muita energia, e vemos novos participantes nesse mercado para tentar atender a essas necessidades”, diz.
