O movimento do setor ocorre após falas do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na segunda-feira (26). Em evento realizado na B3, em São Paulo, ele afirmou que o governo pretende apresentar um fundo garantidor de crédito para companhias aéreas nos próximos dias.
O ministro reforçou ainda que o pacote de apoio deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, com recursos repassados a partir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, a decisão final sobre o valor e o formato do fundo ainda está em discussão, visando apoiar o setor diante dos desafios financeiros que enfrenta.
“A gente espera formatar nos próximos dias, agora em março, uma proposta para apresentar, de forma coletiva, às companhias aéreas. A gente está discutindo agora a forma da iniciativa, através de um fundo garantidor, para o BNDES conseguir, a partir daí, começar a fazer as operações de crédito com as empresas”, afirmou Costa Filho.
Em recuperação judicial nos Estados Unidos, a Gol (GOLL4) apresenta dívidas de mais de R$ 20 bilhões e agora tenta reestruturar sua situação financeira junto aos credores, sem prejudicar a operação.
Dentre as dez casas que acompanham os papéis da empresa, oito possuem recomendação de venda ou equivalente à venda (Banco do Brasil, Bank of America, Bradesco BBI, BTG, Citibank, Deutsche Bank, HSBC e JP Morgan) e duas se posicionaram como neutras (Raymond James e Seaport). Confira nesta reportagem o andamento do processo da recuperação da aérea nos EUA.
As ações da Azul (AZUL4) podem, por outro lado, ganhar espaço com a derrocada dos papéis da concorrente. Especialistas consultados pelo E-Investidor nesta matéria veem a companhia se beneficiando do momento mais negativo da Gol (GOLL4). No entanto, a magnitude desse benefício ainda não está totalmente clara, principalmente levando em consideração as dificuldades enfrentadas pelo setor aéreo no Brasil.