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Vale (VALE3): corretora diminui projeção de lucro após dados de produção e vendas

O relatório da mineradora mostrou que os preços foram impactados e consequentemente mais baixos

Vale (VALE3): corretora diminui projeção de lucro após dados de produção e vendas
Vale (VALE3). (Foto: Fabio Motta/Estadão)

O Goldman Sachs diminuiu sua projeção para o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da Vale (VALE3) no segundo trimestre de 2024 em 5%, de US$ 4,1 bilhões para US$ 3,9 bilhões.

O banco destacou que o relatório de produção e vendas da mineradora mostrou que os preços realizados foram impactados pelo maior conteúdo de sílica e consequentes prêmios mais baixos. Ainda assim, pondera que a produção do minério de ferro veio 3% acima do esperado.

Em relatório, os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques destacam que o crescimento de 7% nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano anterior, foi inesperado. Eles também apontam que um aumento no conteúdo de sílica e a consequente redução nos prêmios afetaram os preços.

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A casa prevê um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) da companhia de 9% para 2025, além de um rendimento adicional único de 5% como resultado da venda de uma participação de 10% no negócio de metais básicos.

A casa mantém a recomendação de compra para a ações da Vale, com preço-alvo de US$ 15,90 para o American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) do papel, o que representa um potencial de valorização de 38% sobre o fechamento de terça-feira (16).

Baixa exposição à Vale permanece, segundo o relatório do Goldman Sachs

O Goldman avalia que os investidores domésticos parecem ter reduzido, ou ao menos mantiveram uma baixa exposição à Vale devido a uma visão pessimista em relação ao minério de ferro e a uma percepção cautelosa sobre o momento operacional.

Entre os investidores internacionais também há uma percepção de baixa exposição, devido a uma clara preferência pelo cobre dentro dos metais e com eles aguardando um acordo final sobre o acidente da Samarco.

“Vemos o valuation (valor do ativo) atual em níveis atrativos e acreditamos que as razões para não investir eventualmente se tornarão razões para comprar”, destacam os analistas, apontando que entre estes fatores, está a indicação pública de que tanto Vale quanto BHP indicaram publicamente que estão construtivas sobre um acordo final em torno da Samarco no curto prazo.

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*Com informações do Broadcast