O Goldman Sachs elevou de US$ 5,70 para US$ 5,80 o preço-alvo das ações do Inter (INBR32), negociadas na bolsa americana Nasdaq, o que representa um potencial de alta de 25% em relação ao fechamento da última segunda-feira (22). A recomendação para os papéis foi mantida em compra.
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A atualização no preço veio após a oferta de ações do banco, realizada na semana passada e que levantou US$ 141 milhões (o equivalente a R$ 695 milhões), sem contar o lote adicional de mais US$ 21 milhões (R$ 104 milhões). Ao incorporar o capital levantado às projeções, o Goldman passou a estimar que o lucro do Inter seja de R$ 917 milhões neste ano, projeção 9% superior à anterior.
“Esperamos que o Inter atinja um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 11,2% em 2024, e de 13,2% em 2025”, afirma o analista Tito Labarta, em relatório enviado a clientes.
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Embora o Inter estivesse bem capitalizado mesmo antes da oferta, o Goldman acredita que os recursos podem ajudá-lo a expandir a carteira de crédito de forma mais forte neste ano. A projeção é que o portfólio do Inter cresça 29% neste ano e mais 26% em 2025, após alta de 35% em 2023. Cartões de crédito, empréstimos consignados e crédito imobiliário devem ser os vetores.
A expectativa é que o custo de risco fique “relativamente controlado”, entre 5% e 6% nos próximos dois anos. Ao mesmo tempo, a expectativa para as receitas de serviços não mudou, mesmo com a possibilidade de que um crescimento mais forte em cartões eleve a arrecadação com tarifas de intercâmbio.
Na visão de Labarta, o aumento das receitas deve ampliar a eficiência operacional do Inter, com a relação entre custo e lucro 2 pontos porcentuais menor que a estimativa anterior. No índice de eficiência, quanto menor o número, mais eficiente um banco é.