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O Goldman Sachs rebaixou nesta quarta-feira (12) a recomendação do Bradesco (BBDC4) para venda, ante classificação anterior de compra, com novo preço-alvo de R$ 11,40 para as ações e de US$ 2 para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) do banco, o que representa um potencial de baixa de 7% sobre o último fechamento de ambos, na terça-feira (11).
Para o Goldman, as estimativas atualizadas para o Bradesco implicam que o retorno sobre o patrimônio (ROE) permanece abaixo do seu custo de capital (COE) numa base anual até pelo menos 2027, atrás do Itaú (ITUB4) e do Santander Brasil (SANB11).
“A fraca rentabilidade deverá limitar a geração de capital orgânico, após um ano em que o patrimônio líquido permaneceu estável. Isto foi em parte atribuído à marcação a mercado de títulos disponíveis para venda, que reduziu a base de capital, mas não impactou ganhos”, escrevem os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema em relatório.
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Eles dizem que, ajustando este efeito, o ROE de 2024 teria sido menor, de apenas 7,1% dos 12% relatados. Como tal, escreve o Goldman, o banco consumiu capital em 2024 e agora tem o índice CET1 (indicador de liquidez dos bancos) mais baixo entre seus pares, de 10,9%, mesmo após um aumento de 60 pontos-base na mudança da carteira de títulos para HTM.
Segundo a equipe, as despesas também continuam sendo um ponto de atenção, já que o guidance (projeções) de aumento de 5% a 9% implica crescimento acima inflação, e a administração mencionou que continuará a investir no negócio para o futuro crescimento, o que poderia levar a encargos adicionais de reestruturação. “Encargos de reestruturação impactou o lucro em R$ 570 milhões (4% do total) em 2023, R$ 443 milhões em 2024 (2%), enquanto calculamos outro impacto de R$ 500 milhões (2%) nos lucros reportados em 2025”, destacam.
O Goldman acrescenta que, enquanto o Bradesco acelerou a redução de sua rede de agências, maiores despesas ainda limitaram os ganhos de rentabilidade no curto prazo. Além disso, diz o banco, planos de expansão em segmentos de renda mais alta poderiam levar a investimentos adicionais.
“Nós observamos que, apesar da desaceleração no crescimento da carteira de crédito em final de período em 2025, o Bradesco ainda deve reportar um crescimento médio dos empréstimos próximo de dois dígitos, o que pode impulsionar o crescimento da receita líquida de juros do cliente”, conclui a equipe.
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