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Goldman Sachs rebaixa recomendação e preço-alvo da Hypera (HYPE3); veja

Em relatório, analistas destacam que reduziram suas previsões de lucro para a empresa em 2024 e 2025

Goldman Sachs rebaixa recomendação e preço-alvo da Hypera (HYPE3); veja
Complexo industrial farmacêutico da Hypera, em Anápolis (GO) Foto: Hypera/ Divulgação

O Goldman Sachs rebaixou a recomendação de Hypera (HYPE3) de compra para neutra e cortou o preço-alvo de R$ 39 para R$ 37, o que representa um potencial de valorização de 23% sobre o fechamento da última segunda-feira (12).

Em relatório, os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira destacam que reduziram suas previsões de lucro para 2024 e 2025 em 3% e 5%, respectivamente, devido a uma rentabilidade reduzida por causa de uma maior atividade promocional e uma concorrência intensificada.

Eles avaliam ainda que a venda de medicamentos agudos está abaixo das expectativas até agora, o que pode impactar negativamente as previsões de receita do Goldman. Além disso, a intensificação das promoções em um ambiente de forte concorrência também apresenta riscos adicionais para a rentabilidade.

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“Observamos uma queda nas vendas da categoria de medicamentos agudos (incluindo remédios para gripe, dor, febre e doenças respiratórias, que representam cerca de um terço das vendas da Hypera) de 2% no segundo trimestre de 2024, comparado a uma redução de 6% no ano anterior”, resumem, apontando que o cenário contrasta com a expectativa da Hypera, que previa um crescimento modesto para essa categoria em 2024.

A competição intensa, especialmente em genéricos e em categorias específicas como suplementos vitamínicos e cuidados com a pele, deve manter o nível elevado de promoções no segundo semestre de 2024, o que pode afetar a rentabilidade.

A visão do Goldman é de que o ambiente competitivo da empresa se torne mais cauteloso nos próximos trimestres, considerando os recentes movimentos dos concorrentes da companhia em diversas categorias. “Essa situação não representa apenas um desafio para o crescimento e as margens no médio prazo, mas também coloca em dúvida a capacidade da empresa de atingir suas metas para 2024, algo que, em nossa visão, dependerá significativamente dos resultados do quarto trimestre”, avaliam os analistas.

O banco aponta que este cenário se deve ao fato de que a base de comparação de vendas para Hypera parece mais favorável no último trimestre do ano do que no terceiro trimestre. Além disso, eles relembram que desde a recomendação de compra em 17 de outubro de 2022, as ações apresentaram uma queda de 37,7% em contraste com o aumento de 15% do Bovespa, refletindo tendências de lucro mais fracas do que as previamente antecipadas nos últimos trimestres.