GPA reduz capex pela metade, corta R$ 415 milhões em despesas e prepara venda de ativos. (Imagem: Adobe Stock)
O plano de eficiência comunicado ontem pelo GPA (PCAR3) a ser implementado em 2026 inclui reduzir investimentos até pela metade, além do corte de despesas. A empresa espera realizar investimentos entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões ao longo do próximo ano que vem. Para comparação, o capex nos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2025 foi de R$ 693 milhões.
“A conclusão de alguns investimentos dos últimos meses e a descontinuação do plano de expansão deverão gerar redução de R$ 200 milhões. Além disso, R$ 100 milhões devem vir da seleção com maior rigor em projetos de tecnologia da informação e logística”, afirmou o diretor presidente do GPA, Rafael Russowsky.
A iniciativa de também inclui uma redução de despesas de ao menos R$ 415 milhões, com eliminação de gastos com pessoal, suporte à operação de lojas e estrutura administrativa. Russowsky ressaltou ainda na teleconferência que há em curso um plano de execução para venda de ativos não estratégicos. Os recursos gerados serão aplicados para redução da dívida bruta.
Mesmo com a significativa redução, o GPA ainda estima cerca de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões do capex para manutenção. Outros R$ 50 milhões, ou “até um pouco mais”, segundo o presidente da companhia, poderá ir para novos projetos de crescimento.
O GPA está confiante para renegociar contingências federais que totalizam até R$ 15 bilhões, de acordo com Russowsky. A companhia tem créditos tributários que totalizam R$ 2,4 bilhões. Nos últimos 12 meses, a companhia aponta que quitou cerca de R$ 374 milhões via créditos de prejuízos através de acordos com o governo federal.
Mudanças no Conselho
Além dos esforços para melhorar a eficiência, Russowsky citou que a empresa vive uma mudança de paradigma com o novo Conselho a partir da mudança de controle da empresa. Desde agosto, a família Coelho Diniz é a principal acionista na varejista, após a saída do grupo francês Casino.
“Temos no conselho agora o André [Coelho Diniz] e outros, e ele trouxe a mentalidade de ‘barriga no balcão’. André tem mergulhado em contar, entrar em despesas e temos refletido com ele trazendo essa mentalidade.”