Hapvida lidera perdas do Ibovespa e cai mais de 50% em novembro. Resultado trimestral frustrante e cortes de recomendação ajudam a explicar o movimento. (Imagem: Adobe Stock)
Nesta quinta-feira (27) as ações da Hapvida (HAPV3) engatam a quarta baixa e seguem aprofundando a derrocada que já marca novembro como um péssimo mês para a companhia. Às 14h55, os papéis eram negociados a R$ 15,34, em queda de 3,16%, renovando sua mínima histórica na Bolsa. No acumulado do mês, as perdas ultrapassam 50,7%, com folga, o pior desempenho entre as ações do Ibovespa.
A forte deterioração dá a partir da divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que frustraram o mercado. Apesar do lucro ajustado vir em linha com o esperado, margens pressionadas, sinistralidade elevada e um fluxo de caixa negativo acenderam o sinal de alerta. Casas como UBS, Genial, Safra, Citi e Morgan Stanley classificaram o balanço como “decepcionante” e cortaram sua recomendação.
No dia 13 de novembro, após a divulgação do balanço, a ação chegou a derreter mais de 42% em um único pregão. Desde então, o papel acumula perdas aceleradas em meio à falta de confiança dos investidores e reavaliações pessimistas dos fundamentos. Além do resultado fraco, pesa ainda a pressão competitiva no setor e o aumento dos custos com serviços médicos e operacionais, que comprometem a rentabilidade da companhia, especialmente após a fusão com a NotreDame Intermédica.
Mesmo com a companhia tentando retomar o fôlego por meio de programas de recompra e ajustes operacionais, o mercado não aposta em uma reversão no curto prazo. Com volume negociado acima de 10,4 mil negócios e um giro de R$ 102 milhões, a ação da Hapvida (HAPV3) concentra parte relevante da pressão vendedora do dia e segue no radar do mercado como um dos ativos mais voláteis do mês.