O Itaú BBA avalia que após apresentar bons resultados no segundo trimestre do ano, Hapvida (HAPV3) continua sendo uma das principais escolhas no setor de saúde brasileiro, ao lado da Rede d’Or (RDOR3).
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A casa revisou as previsões para empresa de saúde em 2024 e 2025, destacando que após períodos de perdas líquidas na base de beneficiários, as tendências atuais indicam a aproximação de um momento crucial para o crescimento orgânico.
Em relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amâncio destacam Que o processo de normalização da sinistralidade (MLR) e da rentabilidade geral segue conforme planejado.
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Os analistas apontam que as subsidiárias da companhia têm aplicado aumentos de preços inferiores aos de concorrentes, que enfrentam dificuldades financeiras. O Itaú BBA espera que essa tendência continue no médio prazo, contribuindo para a manutenção da participação de mercado.
Com a integração completa dos procedimentos médicos e a diminuição da relevância do produto de Organização de Provedores Preferenciais (PPO) entre os beneficiários, o BBA espera uma melhoria na previsibilidade de sinistros, reduzindo a necessidade de provisões incorridas mas não reportados (IBNR).
A casa avalia ainda que melhorias na cobrança de beneficiários inadimplentes e na reconciliação bancária devem contribuir para a redução das taxas de inadimplência.
O Itaú BBA aponta que no segundo trimestre de 2024 houve um aumento significativo nos depósitos judiciais para ações civis, impactando o fluxo de caixa livre. Esse aumento, motivado pelo crescimento das ações legais no setor de saúde privado, afetou também concorrentes da Hapvida. Diante dessa incerteza, optou-se por uma abordagem conservadora, prevendo um impacto maior no fluxo de caixa.
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A expectativa é de uma base de beneficiários mais otimista para os próximos anos, com uma dinâmica melhorada para o MLR em dinheiro, considerando o desempenho de 2024. A perspectiva para a ação permanece positiva, antecipando-se um retorno ao crescimento e a sustentação de melhorias nas margens. Isso reforça a posição competitiva da empresa como o operador mais integrado do país.
A recomendação para o papel da Hapvida (HAPV3) é “outperform” (o equivalente a compra), com preço-alvo de R$ 7, o que representa um potencial de valorização de 57% sobre o fechamento de segunda-feira (19).
* Com informações do Broadcast