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Hapvida (HAPV3): para o Itaú BBA, papel é o melhor do setor de saúde

Apesar da pressão financeira que o setor de saúde enfrenta, a empresa gerou R$ 439 milhões de caixa operacional no trimestre

Hapvida (HAPV3): para o Itaú BBA, papel é o melhor do setor de saúde
(Foto: Rebeca Soares/repórter do E-Investidor)

Diante do cenário atual do setor de saúde, afetado pela deterioração do capital de giro e baixa lucratividade, o Itaú BBA afirma que a operadora de planos de saúde Hapvida (HAPV3) é o maior destaque de resultados no quarto trimestre de 2023.

Isso se deve a dois fatores principais: o fluxo de caixa sólido, que reduziu sua dívida líquida em R$ 159 milhões ao longo de dois trimestres, e uma movimentação financeira da direção correta para entregar boas margens de MLR (medical loss ratio) e Ebitda este ano.

A melhoria do índice de MLR – taxa de sinistralidade, métrica utilizada para calcular a eficiência das seguradoras de saúde –  foi de 260 pontos, e foi o maior propulsor da expansão do indicador Ebitda. Tal feito foi possibilitado pela sazonalidade favorável durante o 4T23, o aumento contínuo de preços de implementações no setor, uniformização de protocolos, maior verticalização e controle de custos diante das integrações em Minas Gerais e na região Sul do país.

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Apesar de toda a pressão financeira que o setor de saúde brasileiro enfrenta, a empresa gerou R$ 439 milhões de caixa operacional no trimestre. O resultado representa a conversão de 46% de seu Ebitda, além da redução de sua dívida líquida, mencionada anteriormente.

Mesmo auxiliado por alguns efeitos pontuais – como uma reversão do IBNR (incurred but not reported, 0s sinistros não reportados) de 41 milhões e retorno de R$ 40 milhões em remuneração variável provisionada durante o ano, que impactou as despesas com pessoal – o Ebitda foi superior às estimativas do banco, com margem de 13,7%. Já a queda no lucro líquido do trimestre pode ser atribuída aos impostos de renda diferidos significativamente superiores ao esperado.

Foi visto como mediano o crescimento anual de 11%, e o crescimento trimestral de 2%, à medida que o consistente aumento de preços e da menor contribuição dos beneficiários do PPO (preferred provider organization, plano de saúde que oferece redes credenciadas preferenciais). Houve uma redução em 21 mil clientes nesse tipo de plano. Além disso, a empresa perdeu 61 mil beneficiários no trimestre.