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Huawei tem queda recorde de receita no 1º semestre

(Reuters) – O grupo chinês de equipamentos para telecomunicações Huawei divulgou nesta sexta-feira a maior queda de receita num primeiro semestre da história da companhia, impactada por sanções dos Estados Unidos.

A empresa apurou faturamento de 320,4 bilhões de iuans (49,56 bilhões de dólares), afirmou o grupo.

A maior queda ocorreu na área de dispositivos para consumidores, que inclui celulares, com a receita recuando 47%, para 135,7 bilhões de iuans.

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A empresa, porém, conseguiu um aumento de 0,6 ponto percentual na margem de lucro líquido, para 9,8%, principalmente por causa de melhorias de eficiência, afirmou um porta-voz.

Em 2019, o governo Donald Trump pôs a Huawei numa lista negra comercial, impedindo-a de acessar tecnologia com origem nos Estados Unidos. Isso afetou a capacidade da empresa de projetar seus próprios chips e comprar componentes de fornecedores internacionais.

As sanções de Trump impactaram a divisão de celulares da Huawei a ponto de deixá-la fora lista dos 5 maiores fabricantes na China pela primeira vez em mais de 7 anos, segundo a consultoria Canalys. A divisão de produtos para consumidores foi responsável por mais da metade da receita da companhia em 2019.

A receita da Huawei na divisão de equipamentos para redes de telefonia caiu 14% no primeiro semestre, algo que um porta-voz da empresa afirmou que deve-se em parte a uma desaceleração na implementação da tecnologia 5G na China.

A Huawei está tentando migrar para software e negócios que não estejam sob risco de sanções dos EUA, segundo um documento interno escrito pelo fundador e presidente-executivo, Ren Zhengfei, e visto pela Reuters em maio.

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“Nosso objetivo é sobreviver e conseguir isso com sustentabilidade”, disse Eric Xu, presidente do conselho de administração da Huawei, no balanço da companhia. “Definimos nossos objetivos estratégicos para os próximos cinco anos.”

A companhia começou a distribuir seu sistema operacional Harmony em junho, o que significa que ela não é mais totalmente dependente da plataforma Android, do Google, que foi impedido pelas sanções dos EUA de fornecer suporte técnico para novos modelos de celulares da Huawei.

A empresa afirmou ver forte expansão em serviços de computação em nuvem, mais do que dobrando o tamanho da área no primeiro trimestre para uma participação de mercado de 20%, segundo a Canalys.