O Ibovespa hesitava nesta quarta-feira (3), na volta de feriado, com agentes financeiros contrabalançando o noticiário corporativo com ajustes aos movimentos de ADRs na véspera, enquanto aguardam o desfecho da reunião do Federal Reserve.
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Às 11h34, o Ibovespa caía 0,02 %, a 105.534,94 pontos. O volume financeiro somava 9 bilhões de reais.
Wall Street não mostrava uma tendência clara antes da decisão do banco central norte-americano, em meio a expectativas de provável anúncio sobre redução de estímulos e após dados mais fortes sobre criação de empregos no setor privado dos EUA.
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O S&P 500 cedia 0,1%, mas o Nasdaq Composite tinha variação positiva de 0,07%.
No Brasil, investidores também repercutem a ata da última reunião do Copom, mostrando que o Banco Central avaliou acelerar a alta da Selic para além do ajuste de 1,5 ponto percentual que adotou.
Para o economista-chefe da XP, Caio Megale, a ata impõe um viés de alta para o seu cenário base de Selic em 11% em março, entre outros fatores, caso o Copom mantenha o plano de uma convergência mais rápida à meta.
Uma mudança do arcabouço fiscal que leve a uma desancoragem ainda maior das expectativas de inflação, segundo ele, também tem esse efeito no seu prognóstico, “especialmente se este cenário for acompanhado por outras medidas ‘para-fiscais’ para evitar uma desaceleração mais intensa da economia em 2022”.
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Nesse contexto, permanecem sob os holofotes as negociações relacionadas à PEC dos Precatórios, que pode ser votada nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados. A PEC abriria espaço fiscal para a concessão do Auxílio Brasil.
A equipe de grafistas da Ágora Investimentos observou que o Ibovespa trabalha junto ao importante suporte de curto prazo na linha dos 102.800 e sua perda abriria espaço para continuidade do movimento baixista.
Na mínima até o momento, o Ibovespa tocou 104.204,66 pontos.
DESTAQUES
– VALE ON perdia 5,85%, em meio a ajustes após tombo de 4,4% do ADR (recibo de ação negociado nos Estados Unidos) da mineradora na véspera. O UBS também cortou o preço-alvo do ADR da companhia de 15 para 11 dólares.
– PETROBRAS PN caía 2,2%, também em ajuste ao declínio de seus ADRs e na esteira do forte declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent tinha baixa de 2%.
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– BANCO PAN PN recuava 4%, após mostrar aumento nas provisões e inadimplência no terceiro trimestre, com queda no lucro na base sequencial.
– LOJAS AMERICANAS PN saltava 10,8% e AMERICANAS ON subia 3,75%, após avanço no processo de fusão entre as companhias, assim como sinalização de que permanece a ideia de listar as ações nos EUA.
– BANCO INTER UNIT subia 1,6%, perdendo o fôlego da abertura, quando subiu mais 10%, após convocação de assembleia para 25/11 para deliberar sobre a reorganização que resultará na listagem das ações na Nasdaq.
– TIM ON tinha alta de 6,9%, após a Superintendência-Geral do Cade recomendar que a venda dos ativos móveis da Oi para TIM, Claro e Telefônica Brasil seja aprovada, embora com remédios.
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– ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 1,1% antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, previsto para após o fechamento do mercado. BRADESCO PN, que reporta os números na quinta-feira, cedia 0,2%.