

O Ibovespa futuro abriu esta segunda-feira (17) em estabilidade, com leve alta de 0,04%, aos 130.530 pontos. As atenções do mercado financeiro hoje estão na falta de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o boletim Focus e a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) ficam no radar – veja aqui os principais assuntos do dia.
- Mercado financeiro hoje: queda de popularidade de Lula e balanços da Vale e BB
O principal índice da B3 futuro opera sem a referência de Nova York por causa do feriado do Dia dos Presidentes que fecha os mercados nos EUA. Isso somado ao fraco desempenho das commodities – petróleo em estabilidade e minério de ferro em queda de 0,92% – nesta manhã pode empurrar o índice para baixo.
Já as bolsas europeias sobem, sem NY e com agenda esvaziada. Os investidores estão à espera da reunião de cúpula emergencial convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a Ucrânia.
O dólar hoje se enfraquece ante o iene após o PIB do Japão surpreender positivamente, mas opera perto da estabilidade ante euro e libra. No mercado de câmbio local, a moeda americana abriu em alta de 0,30%, a R$ 5,7132.
Na útlima sessão, o dólar fechou com queda de 1,26% ante o real, a R$ 5,6962, digerindo a insatisfação do mercado com o presidente Lula. A última vez que a moeda havia fechado abaixo de R$ 5,70 foi em 7 de novembro de 2024.
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Já os juros futuros abrem a semana repercutindo indicadores econômicos (veja abaixo). Sem o mercado de Treasuries (títulos da dívida estadunidense) com o feriado nos Estados Unidos, os juros podem ficar mais dependentes dos fatores locais.
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje
Boletim Focus traz nova piora nas expectativas de inflação
O boletim Focus do Banco Central (BC) trouxe, nesta segunda-feira (17), novas atualizações para os principais indicadores de inflação e juros na economia, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
Em 2025, a mediana do relatório Focus para o IPCA subiu de 5,58% a 5,60%, mantendo-se bem acima do teto da meta (4,50%). Em 2026, passou de 4,30% para 4,35%. Nos horizontes mais longos, foi de 3,90% a 4,00% em 2027, e 3,78% a 3,80% em 2028.
As previsões do boletim Focus para Selic, em 2025, mantiveram-se em 15%, e 12,50% em 2026. Já em 2027, as expectativas ficaram em 10,50%. Em 2028, seguiu em 10%.
Prévia do PIB mostra crescimento de 3,8% em 2024
A economia brasileira cresceu 3,8% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como prévia do PIB do Brasil. O indicador subiu 0,02% no trimestre móvel encerrado em dezembro, na comparação com os três meses anteriores, considerando a série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, o IBC-Br teve expansão de 4,42% no trimestre até dezembro frente ao mesmo período de 2023.
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No entanto, a economia brasileira recuou 0,73% em dezembro na comparação com novembro. A queda foi mais intensa que a apontada pela mediana das previsões colhidas pela pesquisa Projeções Broadcast (-0,4%). As estimativas iam de -1,3% a 0,00%.
Investidores monitoram popularidade de Lula e impactos na economia
No radar está o desafio do governo em avançar com sua pauta em meio à crise das emendas, o atraso na aprovação do orçamento e a queda na popularidade do governo. Pesquisa Datafolha mostrou na sexta-feira que a aprovação do governo de Lula caiu de 35% para 24%, o pior nível dos três mandatos. A notícia ajudou o Ibovespa a fechar em alta de 2,70% aos 128.218,59, o maior nível desde o dia 11 de dezembro.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Célia Froufe, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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