

O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (31) em queda de 0,37%, aos 134.060 pontos. As atenções do mercado estão no adiamento das tarifas americanas ao Brasil. Investidores também acompanham a temporada de balanços.
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O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (31) em queda de 0,37%, aos 134.060 pontos. As atenções do mercado estão no adiamento das tarifas americanas ao Brasil. Investidores também acompanham a temporada de balanços.
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As Bolsas de Valores internacionais mostram desempenho misto, com as bolsas europeias com sinais opostos e os futuros de Nova York em alta com o forte desempenho de Meta e Microsoft e após acordos tarifários do presidente americano, Donald Trump.
Na última quarta-feira (30), a administração Trump abriu uma lista de exceções que abarca 694 produtos – boa parte dos itens que importa do Brasil. A Embraer (EMBR3) foi poupada, assim como produtos que incluem do suco de laranja à celulose. Café e carnes continuam entre os tarifados.
Além disso, o presidente americano também anunciou o adiamento das tarifas de 50% aos produtos brasileiros, que inicialmente estavam previstos para esta sexta-feira (1º). Agora, o tarifaço passa a valer em 6 de agosto.
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O principal índice da B3 hoje deve acompanhar as negociações das tarifas após o adiamento das tarifas de Trump, assim como a desvalorização das commodities – com o petróleo em queda de 0,70% e o minério de ferro de 2,38% – que deve pressionar o desempenho do real ante o dólar hoje.
A disputa técnica em torno da formação da taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro) do fim de julho hoje deve adicionar mais volatilidade aos negócios cambiais, assim como a queda das commodities.
No câmbio local, o dólar abriu em queda de 0,36%, negociado a R$ 5,5688. No exterior, o dólar cai ante euro e libra, mas sobe frente ao iene após o Banco do Japão manter os juros inalterados.
O presidente Donald Trump pegou o mercado de surpresa na quarta-feira (30) ao anunciar que as tarifas de 50% aos produtos brasileiros passarão a valer apenas daqui a sete dias, não na sexta-feira (1º), data inicialmente prevista. O adiamento do tarifaço ampliou o prazo para negociações com o governo americano e animou os investidores, com o Ibovespa subindo quase 1% na última sessão.
Investidores também acompanham a resposta do Brasil às tarifas de 50% dos EUA, previstas para 6 de agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu diálogo, mas prometeu proteger a soberania do país, empresas e trabalhadores. O Planalto defendeu o ministro Alexandre de Moraes e reforçou que a lei vale para todos, inclusive plataformas digitais.
Apesar de exceções que reduziram o impacto imediato, o setor empresarial pede negociação. Pesquisa da Amcham indica que 86% das empresas consultadas avaliaram que medidas de reciprocidade por parte do Brasil tenderiam a agravar as tensões bilaterais.
A Vale deve apresentar uma queda entre 36,8% e 45% no lucro líquido do segundo trimestre de 2025 na comparação do segundo trimestre de 2024, mostram relatórios da Ágora Investimentos, Genial Investimentos e Itaú BBA obtidos pelo E-Investidor. A expectativa por um resultado fraco se deve à baixa dos preços do minério de ferro no mercado internacional. A mineradora divulga seu balanço nesta quinta-feira (31) após o fechamento do mercado – veja detalhes das projeções nesta reportagem.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,9%. No trimestre móvel até maio, a taxa de desocupação estava em 6,2%.
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Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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