O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,18%, aos 129.129 pontos. A abertura de negócios nesta segunda-feira (15) ocorre de olho nas projeções para os principais indicadores da economia do boletim Focus e na repercussão do atentado contra o ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Para a taxa Selic no fim de 2024, a mediana do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira continuou em 10,5% pela quarta semana consecutiva, segundo previsões recém-publicadas pelo relatório do Banco Central (BC). Para o fim de 2025, a mediana para a Selic permaneceu em 9,5% pela quarta semana consecutiva.
O documento também atualizou as perspectivas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2024, o IPCA caiu de 4,02% para 4%, interrompendo uma sequência de nove semanas de alta, mas ainda permanece 1 ponto porcentual acima do centro da meta, que é de 3%. A mediana para 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,88% para 3,90%, marcando o 11º aumento seguido. Um mês antes, ela era de 3,80%. Confira detalhes aqui.
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No exterior, as atenções se voltam para o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido no sábado (13) na Pensilvânia. Nesta segunda-feira, o candidato republicano segue participando da Convenção Nacional Republicana. Analistas consideram que esse episódio aumenta as chances de Trump retornar à Casa Branca, o que potencialmente reduz a incerteza sobre o processo eleitoral, mas eleva os riscos fiscais nos Estados Unidos.
O mercado tem mostrado resistência à reeleição do atual presidente do país, Joe Biden, em meio a dúvidas a respeito do seu quadro de saúde. “O atentado dá muito foco para quem o sofreu. Trump fica em evidência e cada vez mais fortalecido. As declarações de apoio ao candidato vieram de todos os lados políticos”, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.
Assim, o evento pode dar tranquilidade aos mercados e eventualmente o Índice Bovespa testar a importante marca psicológica dos 130 mil pontos.
Confira os 3 assuntos mais importantes do dia
Bolsas internacionais
Os índices futuros das bolsas de Nova York mostram ganhos marginais, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) de longo prazo sobem.
As bolsas europeias estão em queda em resposta à produção industrial na zona do euro, que caiu menos do que o esperado em maio ante abril, além das expectativas em torno da decisão de juros do BCE e dos dados de crescimento da China, que ficaram abaixo das previsões.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2023, abaixo das estimativas de 5,1%, indicando uma desaceleração em relação ao crescimento de 5,3% registrado no primeiro trimestre.
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A produção industrial da China teve um aumento anual de 5,3% em junho, superando a expectativa de 5%, enquanto as vendas no varejo avançaram 2% em comparação anual em junho, abaixo do consenso da FactSet de um aumento de 3,2%.
Commodities
Os sinais positivos nas bolsas de Nova York e o avanço de 1,03% no preço do minério de ferro em Dalian podem impulsionar o principal índice da B3, enquanto o petróleo mostra hesitação.
Mercado brasileiro
A bolsa brasileira teve sua décima alta consecutiva na sexta-feira (12), impulsionada pelo retorno do capital estrangeiro ao Brasil em julho, após a maior fuga de capitais em quatro anos no primeiro semestre. O otimismo pode persistir com a expectativa de duas ofertas de ações bilionárias esta semana, aproximadamente R$ 20 bilhões cada, da Sabesp (SBSP3) e da Eletrobras (ELET3; ELET6).
O EWZ, principal ETF do Brasil negociado em Wall Street, estava operando com alta de 0,48% no pré-mercado. Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras (PETR3; PETR4) permaneciam estáveis, enquanto os da Vale (VALE3) subiam 0,17% no início da manhã desta segunda-feira.
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Por outro lado, os aumentos nos juros dos Treasuries de longo prazo e a valorização do dólar frente às moedas emergentes, especialmente o peso mexicano e o rand sul-africano devido aos efeitos relacionados a Trump, podem influenciar os ajustes no câmbio e na curva de juros futuros, que registraram alta na sexta-feira (12).
No Ibovespa hoje, a recuperação do real e um alívio nos depósitos interbancários (DIs) podem ser limitados pelas preocupações fiscais em curso. Os debates sobre as medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos seguem em foco, assim como o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, na expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas em 22 de julho.
*Com informações do Broadcast
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