EUA encerram paralisação e reunião Brasil-EUA sobre tarifas é ponto alto do dia. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (13) em queda de 0,3% aos 157.162,43 pontos. O desempenho acompanhou as bolsas americanas. Os índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones recuaram 2,29%, 1,66% e 1,65%, respectivamente. Na Europa, o FTSE 100, de Londres, caiu 1,05%.
A aversão ao risco ocorreu em meio à queda nas expectativas de cortes dos juros nos Estados Unidos em dezembro. Segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, a chance de corte de 0,25 pontos percentuais caiu de 53,4% para 49,4%. Já as chances do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em manter as taxas subiu para 50,6%.
Por aqui, a atenção se voltou à temporada de balanço. O Banco do Brasil reportou na quarta-feira (12) um lucro líquido de R$ 3,785 bilhões no balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25), uma queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O BB ainda revisou suas projeções (guidance) para o ano: cortou a projeção de lucro e agora espera um ganho líquido entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões em 2025, abaixo da faixa anterior, que ia de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões.
“Para 2025, reconhecemos que, diante das dificuldades, entregaremos um lucro médio menor que o do ano passado, mas ainda com uma rentabilidade sólida”, disse o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do BB, Geovanne Tobias, em vídeo divulgado junto ao balanço, ressaltando que o banco fará R$ 61 bilhões em provisões para créditos de liquidação duvidosa. “E ainda assim o banco terá um lucro próximo de R$ 20 bilhões.”, completou. Leia a matéria completa sobre o balanço.
Os resultados ruins pesaram sobre o desempenho do papel no dia. As ações da estatal fecharam em baixa de 1,32%. Os papéis da Auren Energia (AURE3) também encerraram no campo negativo, com perdas de 1,48%. A depreciação reflete o prejuízo líquido de R$ 403,7 milhões no terceiro trimestre deste ano (3T25), revertendo lucro de R$ 197,2 milhões do mesmo intervalo de 2024.
Apesar do recuo, foram as ações do Hapvida (HAPV3) que lideraram as perdas do Ibovespa, com tombo de mais de 40%.
Varejo ampliado fica acima da mediana das estimativas
As vendas do varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, subiram 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, resultado acima da mediana das projeções colhidas pelo Projeções Broadcast, de avanço de 0,1%, com intervalo entre queda de 1% e alta de 0,9%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com setembro de 2024, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 1,1% em setembro, também um pouco acima da mediana das projeções, de aumento de 1%, com piso de -1,9% e +2,3%.
Lula mantém popularidade para eleições em 2026
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13), indica que, embora a distância entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus principais adversários tenha diminuído, o presidente segue numericamente à frente em todos os cenários de segundo turno testados para 2026.
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Mesmo assim, ele volta a empatar tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por 42% a 39%, ante 46% a 36% em outubro, movimento que reflete o estreitamento observado também nas disputas contra outros potenciais concorrentes.
O levantamento foi feito entre 6 e 9 de novembro, em entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. No total, foram ouvidas 2.004 pessoas. A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.
Além do cenário com Bolsonaro, que está inelegível e cumpre prisão domiciliar, Lula também aparece cinco pontos porcentuais à frente nos confrontos diretos com o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PSDB), com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Nesse sentido, o presidente mantém vantagem numérica, embora menor: 38% (41% em outubro) a 33% (eram 32%) contra Ciro, 41% (antes 45%) a 36% (33%) diante de Tarcísio e 40% (44% anteriormente) a 35% (31%) frente a Ratinho Jr.
*Com informações de Gabriela Jucá, Anna Scabello, Daniel Tozzi, Geovani Bucci, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast