O Ibovespa hoje sustenta alta e os 122 mil pontos na reta final do pregão marcado pela posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. O alívio nos juros ajudou as ações mais sensíveis a essa variável a subir e liderar os ganhos do dia. Às 16h50, o índice sobe 0,21% aos 122.609,83 pontos.
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Com as falas de Trump em linha com o esperado e sem trazer medidas concretas, o índice da B3 não precificou as falas do 47º presidente americano devido à falta da referência das bolsas de NY. Wall Street não operou hoje devido ao feriado de Martin Luther King Jr, permitindo que os investidores focassem nas notícias corporativas.
A Braskem (BRKM5) lidera as altas do Ibovespa ao deslanchar a quase 9%, com bom humor desde a última sessão, em que anunciou a execução de sete projetos de R$ 614 milhões para ampliar a capacidade de produção na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas. Os papéis da Assaí (ASAI3) seguem no segundo lugar e sobem 4,64%, enquanto os da Hapvida (HAPV3) avançam 3,12% após o Santander considerar a empresa como top pick do setor de saúde.
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Os ativos da Petrobras também avançam e ajudam a manter o fôlego do Ibovespa, ignorando as perdas do petróleo. As ações PETR3 sobem 0,19% no horário mencionado, enquanto as PETR4 avançam 0,16%.
Já as maiores quedas da B3 são da Raízen (RAIZ4), Cosan (CSAN3) e Brava (BRAV3), caindo 5,88%, 5,24% e 3,67%, respectivamente. As baixas da Raízen e sua controladora, a Cosan, acontecem após a Raízen divulgar seus dados operacionais com volume de queda de 26,6% ante igual período da safra anterior.
Ações dolarizadas, como a Vale (VALE3) também recuam e fazem pressão na referência da B3. Os papéis da mineradora recuam 0,77%. O dólar, por sua vez, seguiu em baixa de 0,47% ao longo de quase toda a sessão.
O que fica no radar do Ibovespa hoje
Posse de Donald Trump
Donald Trump retorna à Casa Branca nesta segunda-feira (20), em cerimônia com início às 11h30 no horário de Brasília. A partir de então, o mundo estará atento aos primeiros movimentos do 47º presidente dos Estados Unidos. Veja aqui detalhes sobre o novo governo.
Nos mercados, o clima é de otimismo, precificando um cenário favorável às criptomoedas e à bolsa americana, apesar dos desafios que deverão surgir num mundo mais inflacionário com o dólar mais forte, juros mais altos e elevação dos preços do petróleo.
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Além disso, analistas avaliam que o futuro das operações do TikTok nos EUA deverá ter efeitos sobre outras negociações importantes entre os dois países, a depender do cumprimento da promessa de Trump sobre adiar o banimento do aplicativo.
O presidente republicano também informou que seu governo começa na terça-feira (21) a maior operação de deportação de imigrantes nos EUA.
Bolsas internacionais
O dia em que Trump volta à Casa Branca deve ser de menor liquidez nos mercados em geral por causa do feriado nos EUA.
Na Europa, as bolsas fecharam na maioria em alta hoje, em uma sessão focada na posse do presidente Trump. Nos Estados Unidos, os mercados não operaram, enquanto os investidores europeus tiveram grande expectativa pelas primeiras sinalizações das políticas da nova administração, especialmente sobre tarifas. Ao longo da sessão, relatos de que as medidas iniciais do mandato deverão ser mais brandas no tema impulsionaram as ações, com destaque para as montadoras, em um setor que pode ser bastante penalizado pelas decisões de Trump. Com resultado, os principais índices de Frankfurt e Londres voltaram a renovar máximas históricas de fechamento.
Na Ásia, a maioria fechou em alta, em meio a sinalizações de Trump de uma postura mais suave em relação à China e após o banco central do país (PBoC) manter as principais taxas de juros estáveis.
Leilões de dólar do Banco Central
O Banco Central realiza dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados “leilões de linha”, na modalidade pós-fixado Selic, nesta segunda-feira, no total de US$ 2 bilhões.
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É a primeira oferta de linhas pelo BC em meses de janeiro desde 2023. Em dezembro, foram injetados US$ 32,575 bilhões no mercado de câmbio por meio de leilões à vista de dólares e leilões de linha, em meio à forte saída de dólares do País.
O leilão “A”, de US$ 1 bilhão, acontece de 10h20 às 10h25. O leilão “B”, também de US$ 1 bilhão, das 10h40 às 10h45. A taxa de câmbio usada para a venda de dólares será a Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central) das 10h.
Boletim Focus
O relatório Focus do Banco Central trouxe, nesta segunda-feira (20), novas atualizações para os principais indicadores da economia.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 14ª semana consecutiva, de 5,0% para 5,08% – mais de 0,5 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 4,84%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15,0%. Um mês atrás, estava em 14,75%. Na sua última reunião, de dezembro, o Copom aumentou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações de 1 ponto porcentual cada, que levariam os juros a 14,25% em março.
Commodities
O contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, fechou em alta de 0,13%, cotado a 800,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,27.
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda em um dia marcado pela posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em Nova York, os mercados não operaram, mas investidores estiveram atentos às primeiras sinalizações e medidas da nova administração para o setor energético.
Trump anunciou uma emergência nacional com objetivo de aumentar a produção de energia e reverter as políticas do ex-presidente Joe Biden voltadas para o combate às mudanças climáticas. A Casa Branca anunciou que o país deixará ainda o Acordo de Paris. No radar, esteve ainda a redução das tensões no Oriente Médio após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Mercado brasileiro
Enquanto Trump fica sob os holofotes em Washington D.C, o presidente Lula deve cobrar nesta segunda-feira dos ministros ações concretas das pastas para mostrar à população, já com foco na disputa eleitoral de 2026. O presidente quer uma lista do que será entregue em 2025.
Perto do fim do recesso, três das maiores frentes parlamentares do Congresso agora articulam derrubar no plenário as mudanças feitas pelo petista no texto final da lei. A ofensiva deve ganhar força na primeira semana de fevereiro, após as eleições para o comando da Câmara e do Senado, no momento em que os congressistas também estarão discutindo o Orçamento de 2025.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
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*Com informações do Broadcast