Mercado reage à prévia operacional da Vale. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta quarta-feira (23) traz os dados de vendas de moradias usadas em junho e os estoques de petróleo nos Estados Unidos, enquanto os balanços trimestrais de Alphabet (GOGL34) e Tesla (TSLA34) serão divulgados após o fechamento dos mercados. No Brasil, o Ibovespa hoje acompanha os resultados trimestrais de Weg (WEGE3), antes da abertura da B3 – confira aqui o calendário de balanços.
Na Ásia, estão previstos o Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul no segundo trimestre e os Índice de Gerentes de Compras (PMIs) preliminares de julho do Japão na agenda econômica hoje.
No Brasil, saem a 3ª prévia do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e o fluxo cambial semanal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de anúncios do programa sobre transformação digital.
Ibovespa hoje: o que acompanhar nesta quarta-feira (23)
Bolsas globais reagem a balanços e acordos comerciais
As bolsas asiáticas avançaram, com destaque para Tóquio e ações de montadoras, enquanto o iene recua frente ao dólar hoje após o acordo comercial entre EUA e Japão, que reduz tarifas de 25% para 15% e prevê US$ 550 bilhões em investimentos nos EUA.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, negou rumores de renúncia e reafirmou foco na execução do acordo.
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias também reagem positivamente, impulsionados por balanços corporativos — como o lucro acima do esperado do UniCredit e o desempenho abaixo do esperado da Iberdrola, que anunciou aumento de capital.
O dólar opera estável frente às principais moedas, e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem levemente após três dias em baixa, em meio a incertezas sobre a independência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com críticas reincidentes do presidente Donald Trump ao chefe do banco central, Jerome Powell.
Mercado repercute prévia operacional do 2T25 da Vale
Neste pregão, a Vale (VALE3) pode se beneficiar dos dados sólidos de produção e vendas do segundo trimestre. Na última terça-feira (22), a mineradora informou que a produção de minério de ferro no segundo trimestre deste ano aumentou 3,7% em relação ao mesmo período de 2024, alcançando 83,599 milhões de toneladas (Mt). Na comparação com o trimestre anterior, a produção de minério da Vale avançou 23,6%, informou a mineradora em seu relatório de produção e vendas divulgado na terça-feira (22).
Os contratos futuros do petróleo recuam nesta manhã, após os EUA fecharem acordos comerciais com Japão, Filipinas e Indonésia. Investidores aguardam a pesquisa semanal do Departamento de Energia (DoE) sobre estoques de petróleo. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,67%, a US$ 64,87, enquanto o Brent para o mesmo mês cedia 0,67%, a US$ 68,13.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em queda de 0,61%, cotado a 812 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 113,17. A commodity interrompeu a sequência positiva das últimas duas semanas, quando chegou a acumular alta mensal de 14,62%.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale subiam 0,10% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,73%.
O que esperar do Ibovespa hoje?
O ambiente externo positivo pode apoiar o Índice Bovespa hoje, mesmo com quedas nos preços do petróleo e do minério de ferro.
Os ajustes em câmbio e juros devem ser moderados, com agenda econômica vazia e expectativa pelo avanço nas negociações com os EUA sobre tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Investidores também monitoram os dados fiscais, que apontam uma folga de R$ 4,7 bilhões para a meta fiscal de 2025, com déficit primário projetado em R$ 26,3 bilhões, abaixo do limite permitido pela legislação.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
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*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast