O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (15), em meio ao desempenho negativo das Bolsas de Nova York e ao aumento do risco fiscal no Brasil. A principal referência da B3 terminou o dia em desvalorização de 0,49%, aos 125.333,89 pontos, variando entre máxima a 126.250,41 pontos e mínima a 125.033,98 pontos.
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O índice até tentou se manter no campo positivo no começo da tarde, mas acelerou perdas após declarações de Fernando Haddad à GloboNews. O ministro da Fazenda confirmou que a meta de resultado primário de 2025 será de 0% do Produto Interno Bruto (PIB), o mesmo alvo de 2024. Vale lembrar que, há um ano, a equipe econômica havia estabelecido que buscaria um superávit primário de 0,5% do PIB em 2025.
A mudança gerou maior preocupação fiscal no mercado e fez o Ibovespa renovar as pontuações mínimas do dia por volta das 14h30. O movimento acompanhou o desempenho negativo das Bolsas de Nova York, que aceleraram perdas na mesma hora, com a cautela do mercado diante dos próximos passos do conflito entre Israel e Irã. Nesta reportagem, especialistas explicam como o investidor pode proteger seu patrimônio em meio à escalada da tensão geopolítica.
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Nem mesmo a valorização de papéis de grande peso para o Ibovespa mudaram o humor da Bolsa brasileira. As ações da Vale (VALE3) conseguiram subir apoiadas pelo avanço do minério de ferro, que fechou em alta de 2,18% na Bolsa de Dalian, na China. Quem também encerrou no campo positivo foram as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), apesar do recuo dos contratos futuros de petróleo no exterior.
Liderando a ponta positiva do Ibovespa, estiveram as ações da BRF (BRFS3), após o JPMorgan e o Goldman Sachs elevarem a recomendação dos papéis do frigorífico para overweight (compra) e neutra, respectivamente. Mais otimista, o JPMorgan também subiu as expectativas de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o primeiro trimestre de 2024 em 9,2%, alcançando R$ 1,816 bilhão.
Entre os principais destaques negativos do pregão, figuraram as ações da CVC (CVCB3) e do Magazine Luiza (MGLU3). Os papéis do Magalu, inclusive, voltaram a ser negociados a R$ 1,54, na sua menor cotação desde novembro do ano passado.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica ao do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
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A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.