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O Ibovespa hoje fechou em queda, com a maior parte da sua carteira no campo negativo. Depois da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), o principal índice da B3 encerrou o pregão desta quinta-feira (12) em baixa de 2,74%, aos 126.042,21 pontos, oscilando entre máxima a 129.587,08 pontos, na abertura, e mínima a 125.828,56 pontos. Foi a maior perda diária para o índice desde 2 de janeiro de 2023.
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O Copom decidiu, na noite de quarta-feira (11), elevar a Selic em 1 ponto percentual para o patamar de 12,25% ao ano, comprometendo-se a realizar outros dois ajustes da mesma magnitude nas próximas reuniões, devido ao cenário mais adverso de convergência da inflação à meta. Em seu comunicado, o Comitê citou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo, com destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.
As ações mais sensíveis aos juros altos, como as de varejistas, ficaram entre as principais baixas do Ibovespa hoje. Os papéis do GPA (PCAR3) tombaram 11,02%, enquanto os ativos da Petz (PETZ3), Magazine Luiza (MGLU3) e Carrefour (CRFB3) despencaram 10,55%, 9,01% e 8,59%, respectivamente. “O custo mais alto de crédito encarece o negócio dessas empresas, assim como o aumento de juros afeta companhias altamente alavancadas que passam a ver suas dívidas atuais e futuras ficarem mais onerosas”, explica Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.
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Na ponta oposta da Bolsa brasileira, apenas uma ação conseguiu se destacar positivamente: a Hapvida (HAPV3), que subiu 1,12%. Para Alves, a empresa se beneficiou da estimativa de reajuste anual de 5,6% em planos de saúde individuais para o biênio 2025-2026, conforme os cálculos do BTG Pactual. Na véspera, os papéis já tinham saltado 5,95%.
Na avaliação de Felipe Moura, analista e sócio da Finacap, o mercado opera com alto nível de volatilidade nos últimos pregões. O recomendado em um cenário como esse, segundo ele, é não fazer mudanças bruscas de alocação. “Acho que os preços não estão operando em estado de normalidade. Para você ter noção, uma simples informação de que o presidente foi fazer um procedimento médico, foi capaz de fazer a Bolsa subir 3 mil pontos em 15 minutos ontem. Para mim, isso é a definição de irracionalidade”, afirma, referindo-se a notícia, divulgada na quarta-feira (11), de que Lula passaria por um procedimento médico. O fato ajudou o Ibovespa fechar em alta de 1,06% na véspera.
O sistema de pontos do índice da B3 busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a R$ 1. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 130 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do Ibovespa hoje reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do índice Ibov sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.
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*Com informações do Broadcast
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