

O Ibovespa hoje fechou em alta de 1,45% aos 138.854,60. Nesta segunda-feira (30), as atenções do mercado estiveram em novas projeções do boletim Focus e em acordos comerciais dos Estados Unidos.
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O Ibovespa hoje fechou em alta de 1,45% aos 138.854,60. Nesta segunda-feira (30), as atenções do mercado estiveram em novas projeções do boletim Focus e em acordos comerciais dos Estados Unidos.
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No primeiro dia da semana, o último de junho e do primeiro semestre, a valorização do Índice Bovespa se apoiou na alta das bolsas de Nova York, com S&P 500 e Nasdaq voltando a renovar recordes. Além disso, a elevação de 0,21% do minério de ferro na China também animou o mercado.
Por outro lado, o petróleo fechou em queda. O WTI para agosto encerrou em baixa de 0,62%, a US$ 65,11 o barril. O WTI caiu 9,22% no semestre. Já o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,09%, a US$ 66,74 o barril. O Brent teve queda de 10,70% no semestre.
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Neste sentido, o boletim Focus de hoje mostra projeções de inflação ainda elevadas, com alívio apenas em 2025, com o horizonte relevante sendo mantido. Por ora, as estimativas para a taxa Selic ficaram inalteradas: 15% (2025), 12,50% (2026), 10,50% (2027).
“Apesar da melhora na margem não houve alteração nas perspectivas para prazos mais longos, dentro do horizonte relevante da política monetária”, observa o economista André Perfeito. Segundo ele, o Banco Central (BC) deve manter sua política monetária no atual patamar contracionista por mais tempo.
A Advocacia-Geral da União (AGU), a pedido do governo, iniciou estudos técnicos para acionar o STF contra a derrubada do decreto que havia elevado o IOF. “Isso pode pegar e trazer bastante volatilidade”, estima Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos.
No câmbio local, o dólar hoje fechou em queda de 0,89% a R$ 5,4341. A moeda renovou sucessivas mínimas nesta sessão, em sintonia com máximas do Ibovespa, em dia marcado por apetite ao risco no exterior.
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Além do Focus, hoje foi divulgado o resultado do setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras (PETR3; PETR4) e Eletrobras (ELET3; ELET6)). Em maio, houve déficit primário de R$ 33,740 bilhões em maio, após um saldo positivo de R$ 14,150 bilhões em abril, informou o Banco Central. O déficit foi menor que a estimativa mais otimista colhida na pesquisa Projeções Broadcast, que apontava um saldo negativo de R$ 37,50 bilhões.
Ainda nesta segunda-feira, saiu o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostra criação líquida de 148.992 postos formais de trabalho em maio, após um saldo positivo de 237.377 em abril (com ajustes), segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No mês passado, houve 2.256.225 admissões e 2.107.233 demissões. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava criação líquida de 171,8 mil vagas com carteira assinada no Caged de maio, desacelerando o ritmo na comparação com abril. As estimativas para esta leitura variavam de 74.207 a 200.000 vagas formais.
A agenda econômica da semana será mais curta nos Estados Unidos, por conta do feriado de Independência na sexta-feira (4). Por lá, o destaque fica com o relatório oficial de emprego do país em junho, o payroll, com divulgação antecipada para quinta-feira (3). Nesta segunda-feira (30), o Ibovespa hoje acompanhou o boletim Focus, a nota de Política Fiscal e a divulgação do Caged.
Para hoje, no exterior, foram esperados o índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha de junho, que teve alta de 2,0%, uma desaceleração na comparação a maio, quando teve alta de 2,1%. O resultado contrariou a previsão de analistas, que previam avanço de 2,2%. Já as vendas no varejo alemão tiveram uma inesperada queda de 1,6% em maio. No Reino Unido, foi registrado crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025.
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No cenário doméstico, na terça-feira (1º), sai o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria de junho final. Na quarta-feira (2), destaque para o Índice de Preços ao Consumidor do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de junho e a produção industrial de maio.
Na quinta-feira (3) o mercado acompanha o PMI composto (junho) final da S&P Global no Brasil. Na sexta-feira, a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) divulga a balança comercial de junho. Na sexta-feira (4), os mercados dos EUA estarão fechados pelo feriado da Independência.
As bolsas da Europa fecharam na maioria em baixa, em um cenário de realização de lucros após os avanços da última semana, e com atenções aos desdobramentos do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A postura comercial da administração americana segue em foco, mas outras decisões também são observadas.
O índice pan-europeu Stoxx 6000 fechou em baixa de 0,42%, a 541,37 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,43%, a 8.760,96 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,51%, a 23.909,61 pontos. Em Paris, o CAC40 teve queda de 0,33%, a 7.665,91 pontos. Por outro lado, em Milão, o FTSE MIB subiu 0,13%, a 39.792,22 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve alta de 0,16%, a 13.991,90 pontos.
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com S&P 500 e o Nasdaq renovando recordes de fechamento. A melhora do ambiente comercial após o Canadá afirmar que retomou conversas com os EUA depois de o governo canadense desistir do plano de tributar empresas de serviços digitais americanas apoiou os mercados locais. O presidente americano Donald Trump, que havia se enfurecido com decisão, ainda não se manifestou. Além disso, investidores agora aguardam o relatório de empregos americanos, o payroll, que será conhecido na próxima quinta-feira.
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (30), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
Investidores ficam atentos ao rumo da Selic após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros a 15% ao ano na última reunião. Com a nova alta, a Selic passou de 10,5% ao ano para os atuais 15% em um ano.
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As projeções do relatório Focus para a inflação brasileira em 2025 recuaram de 5,24% a 5,20%, mas mantendo-se acima do teto da meta (4,50%). As previsões para a Selic em 2025 seguem em 15% ao ano. Veja as projeções para os anos seguintes nesta matéria.
O petróleo fechou em queda, ainda com alívio nas tensões no Oriente Médio, após o cessar-fogo entre Israel e Irã, e diante da possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) eleve sua produção novamente em agosto.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 0,21%, cotado a 715,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 99,75.
Confira aqui mais notícias sobre o Ibovespa hoje ao longo do dia.
*Colaboraram: Luciana Xavier, Maria Regina Silva e Silvana Rocha, do Broadcast
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