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O Ibovespa hoje abandonou a queda da abertura e recuperou os 123 mil pontos nesta sexta-feira (7). Às 11h47, ele sobe 0,17%, a 123.562 pontos. O mercado repercute Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, relatório de emprego (payroll) americano e as medidas anunciadas pelo governo brasileiro para conter a inflação de alimentos – veja aqui a agenda do dia.
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A indicação de recuperação das bolsas em Nova York e a valorização das commodities podem ser insuficientes para impulsionar o principal índice da B3 hoje, antes da divulgação do payroll americano.
Enquanto isso, os investidores ainda avaliam as medidas do governo para conter a inflação de alimentos e a desaceleração do PIB de 2024. Na véspera, o Índice Bovespa fechou em alta de 0,25%, aos 123.357,55 pontos.
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado em relação ao anterior. O dado ficou no piso das expectativas da pesquisa feita pelo Projeções Broadcast. Já no consolidado de 2024, o crescimento foi de 3,4%, abaixo da mediana das projeções, que era de 3,5%.
Os resultados abaixo do esperado reforçam a tendência de desaceleração da economia brasileira observada em alguns indicadores de atividade. Dessa forma, os juros futuros recuam, o que pode estimular ações mais sensíveis ao ciclo econômico.
No entanto, as medidas do governo podem pressionar determinados papéis de empresas do setor de alimentos, uma vez que essas ações tendem a ser desfavorecidas diante de políticas que impactam os produtos nacionais.
As tensões comerciais dos Estados Unidos com vários países continuam no radar, e já se refletiram na balança comercial chinesa. Nos dois primeiros meses deste ano, as exportações chinesas cresceram menos do que o previsto e importações recuaram.
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Enquanto isso, as quedas do dólar hoje e dos juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e a alta das commodities podem abrir espaço para o recuo do dólar no mercado de câmbio, após a alta ante o real por incertezas fiscais internas na última sessão. Nesta sexta-feira, o dólar abriu em leve alta de 0,01%, a R$ 5,7592.
As bolsas asiáticas caíram e as europeias recuam nesta sexta-feira devido às incertezas sobre a política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que impactou a balança comercial chinesa. O mandatário norte-americano adiou para 2 de abril as tarifas sobre México e Canadá.
Nos EUA, os mercados futuros se recuperam, com destaque para o Nasdaq, impulsionado pelo salto de mais de 12% das ações da Broadcom no pré-mercado, após balanço.
A economia dos Estados Unidos criou 151 mil empregos em fevereiro, em termos líquidos, segundo relatório publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam criação de 115 mil a 200 mil vagas, com mediana de 160 mil. O relatório, também conhecido como payroll, é a principal métrica do mercado de trabalho dos EUA.
No Fed, Christopher Waller descartou cortes de juros em março, enquanto Raphael Bostic afirmou que a decisão de reduzir os juros dependerá de maior clareza nas condições econômicas até maio ou junho.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em baixa. O dólar hoje opera em baixa ante outras moedas de países desenvolvidos, mantendo a tendência de fraqueza desta semana.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,4%. O intervalo das estimativas variava entre 0,2% e 0,8% de crescimento.
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Na comparação com o quarto trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 3,6% no quarto trimestre de 2024, também aquém da mediana das estimativas (4,0%), que iam de elevação de 3,1% a 4,3%.
No acumulado de 2024, o PIB cresceu 3,4%, dentro do intervalo das projeções, que variavam de 3,3% a 3,6%, com mediana de 3,5%. Ainda segundo o IBGE, o PIB do quarto trimestre de 2024 totalizou R$ 3,1 trilhões, enquanto o PIB do ano de 2024 somou R$ 11,7 trilhões.
O petróleo opera em alta, favorecido pela fraqueza do dólar, mas deve encerrar a semana com perdas em meio às incertezas geradas pela política de tarifas dos EUA. Às 10h08, o barril do petróleo WTI para abril subia 1,12% na Nymex, enquanto o do Brent para maio avançava 1,14% na bolsa de futuros e derivativos ICE.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,19%, cotado a 774 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 106,78 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,31% no pré-mercado de Nova York, por volta das 10h08 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,23% no mesmo horário.
Além dos dados de PIB e balança comercial, os investidores devem focar no impacto fiscal das medidas do governo para reduzir a inflação dos alimentos. O valor da desoneração ainda será calculado e a incerteza pode sustentar alta dos juros longos, enquanto o mercado de câmbio pode ser influenciado também pelo avanço das commodities e a fraqueza do dólar no exterior.
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Na Bolsa de Valores brasileira, a ligeira melhora em Nova York e as altas do petróleo e do minério de ferro podem favorecer o índice hoje e as ações da Vale e da Petrobras, após oito quedas seguidas da estatal, que atingiu seu menor valor de mercado desde dezembro de 2023 no último pregão.
Em relação às prometidas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros como aço, alumínio e etanol, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse que houve o compromisso de novas reuniões nos próximos dias, após falar por videoconferência com autoridades americanas, o que pode repercutir no Ibovespa hoje.
*Com informações de Maria Regina Silva, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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