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Ibovespa hoje sinaliza recuo da Bolsa após indicação de Galípolo e inflação do País; veja o que afeta o índice

A desvalorização acontece após o índice renovar máximas históricas no último pregão. Entenda

Ibovespa hoje sinaliza recuo da Bolsa após indicação de Galípolo e inflação do País; veja o que afeta o índice
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu em queda de 0,27%, aos 136.972 pontos nesta quinta-feira (29). A abertura de negócios ocorre de olho nos desdobramentos da indicação de Gabriel Galípolo para comandar o Banco Central (BC), feita na quarta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assim como em dados de inflação do País.

A devalorização do Índice Bovespa hoje acontece após renovar a máxima histórica de fechamento, aos 137.343,96 pontos – confira detalhes aqui. Neste pregão, o principal índice da B3 ainda pode avançar, amparado no viés positivo dos índices futuros de Nova York, somado à variação das commodities.

Nesta quinta-feira, as atenções se voltam ao diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que poderá assumir a presidência da instituição em 2025, com sinais de compromisso com a convergência da inflação à meta. Agora, ele passará por uma sabatina no Senado.

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“A indicação confirma as melhores expectativas do mercado, dentro de um processo de transição realizado com segurança e tranquilidade. Será o segundo presidente do Banco Central autônomo e com gestão independente ao mandato governamental”, avalia Marcelo Noronha, CEO do Bradesco (BBDC4). Confira as demais avaliações nesta matéria.

No exterior, investidores acompanham a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, assim como a reação do mercado após o balanço da Nvidia (NVDC34), divulgado na quarta-feira (28).

O que impacta o Ibovespa hoje

Inflação no Brasil

Entre os indicadores, esta manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), Índice de Confiança de Serviços (ICS) e Índice de Confiança do Comércio (ICOM). Segundo a instituição, o IGP-M desacelerou a 0,29% em agosto, após alta de 0,61% em julho. Com esse resultado, o índice acumula alta de 4,26% nos últimos 12 meses.

O ICS cresceu 0,4 ponto em agosto, a 94,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Com o resultado desta quinta-feira, a média móvel trimestral do índice de serviços ficou estável. O ICOM, por sua vez, caiu 1,8 ponto em agosto, a 89,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Em junho, o indicador havia atingido 90,3 pontos. Com o resultado, a média móvel trimestral do índice subiu 0,8 ponto.

Indicadores americanos

Nos Estados Unidos, o PIB cresceu ao ritmo anualizado de 3,0% no segundo trimestre de 2024, de acordo com o Departamento de Comércio do país. O resultado supera leitura anterior e a expectativa de analistas ouvidos pela FactSet, de alta de 2,8% em ritmo anualizado em ambos os casos.

Já o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 2 mil na semana encerrada em 24 de agosto, para 231 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira. O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 232 mil solicitações.

Juros globais

Os índices de ações do ocidente avançam nesta manhã, impulsionados por expectativas de mais cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE). O índice de sentimento econômico da zona do euro teve um avanço inesperado em agosto, enquanto a inflação arrefeceu na Espanha e nas principais regiões da Alemanha. Após a divulgação dos dados, os rendimentos dos títulos da dívida dos países europeus caíram, reforçando as apostas por mais cortes de juros do BCE, o que também afetou os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida estadunidense).

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Nos EUA, embora a maioria das apostas seja por um corte de juros em setembro, na quarta-feira (28), o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Atlanta, Raphael Bostic, disse preferir aguardar a divulgação de novos dados antes de decidir se apoiará uma redução das taxas no encontro do mês que vem.

Nesta quinta-feira, investidores acompanharão de perto os indicadores americanos em busca de pistas sobre o rumo dos juros. O dado mais aguardado é o PCE mensal, o índice de inflação preferido do Fed, que poderá balizar as apostas de queda de juros.

Ainda permanece no radar a possibilidade de elevação da Selic, dada a desancoragem das expectativas de inflação, enquanto os investidores aguardam as divulgações desta quinta-feira nos EUA.

Balanço da Nvidia (NVDC34)

Na quarta-feira (28), o tão esperado balanço da Nvidia foi reportado com lucro líquido de US$ 16,6 bilhões em seu 3º trimestre fiscal – o equivalente ao segundo trimestre do ano – de 2024, uma alta de 168% em comparação com o mesmo período do ano anterior e crescimento de 12% em comparação com o primeiro trimestre.

Apesar dos resultados robustos, a surpresa não foi tão significativa quanto a de trimestres anteriores. No after hours (pós pregão), as ações da companhia chegaram a desabar até 8%, mas reduziam a queda para cerca de 3% nesta manhã no pré-mercado de Nova York.

Bolsas internacionais

Na quarta-feira (28), as bolsas europeias fecharam com sinais destoantes, enquanto os mercados americanos cederam à espera do balanço da Nvidia. Em resposta à recepção negativa à fabricante de chips americana, várias bolsas asiáticas fecharam em queda.

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Após uma queda dos índices futuros em Nova York durante a madrugada, eles começaram a subir enquanto os investidores aguardam novos sinais sobre a política monetária dos EUA e avaliam dados europeus.

As bolsas europeias operam em alta com destaque para Frankfurt, que renovou seu recorde intraday histórico, puxando outros mercados da região, em meio à divulgação de indicadores econômicos. O dólar recua em relação a outras moedas fortes.

Commodities

Entre as commodities, o minério de ferro fechou em alta de 0,53% nesta manhã, em Dalian, na China. O petróleo, por sua vez, inverteu o sinal no início da manhã e agora opera na parcela positiva.

Mercado brasileiro

Na quarta-feira (28), enquanto o índice da Bolsa renovou a máxima histórica de fechamento, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram. O dólar, por sua vez, superou a barreira técnica e psicológica de R$ 5,55 – veja.

Nesta quinta-feira, a moderação do dólar no exterior pode dificultar um norte para a divisa no Brasil nesta reta final do mês, quando será definida a taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo Banco Central) na sexta-feira (30).

Nos juros, a queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar a situação no Ibovespa hoje, assim como uma confirmação da desaceleração do IGP-M de agosto.

*Com informações do Broadcast

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