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Ibovespa hoje: índice opera com instabilidade, mas tenta avançar e defender os 125 mil pontos

Às 11 horas, o Ibovespa caía 0,04%, aos 125.472,06 pontos, ante máxima a 125.826,08 pontos, com elevação de 0,25%, e mínima a 125.401,70 pontos, com recuo de 0,09%.

(Foto: Envato Elements)

O Ibovespa opera com instabilidade, após fechar em alta por cinco semanas seguidas. Tenta defender a marca dos 125 mil pontos, em meio à queda dos índices de ações norte-americanos e das bolsas europeias, além do recuo do petróleo. Já o minério de ferro subiu 0,36%, em Dalian, na China, mas as ações da Vale (VALE3) cedem de forma moderada.

“A semana começa mais morna, mas tem muita coisa nos próximos dias, que geram certa cautela”, observa Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Na última semana de novembro, a agenda farta de indicadores e eventos será acompanhada com afinco, especialmente no que diz respeito ao fiscal, à inflação e a sinais de política monetária do Brasil.

No exterior, o tema sobre juros também fica no foco. Haverá discursos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, e de outras autoridades monetárias de outros BCs. Nesta manhã, as ações da Petrobras e da Vale caem.

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Após testarem alta, os papéis da estatal caíam perto de 0,50% perto das 11 horas. O petroleo, que chegou a ceder mais de 1,50%, diminuía a queda para cerca de 0,80%, antes da reunião da Opep+ esta semana. Os investidores monitoram o noticiário a respeito da petrolífera.

Após o fechamento da Bolsa de Valores (B3), a Petrobras (PETR3;PETR4) realizará um webcast sobre o Plano Estratégico do período de 2024 a 2028. Já os papéis da Vale cediam 0,14%. Na China, dados mostraram crescimento menor do lucro industrial chinês em outubro ante o mesmo mês de 2022. Em meio a sinais de desaceleração da economia chinesa, autoridades da China anunciaram hoje novas medidas para ampliar o suporte financeiro para o setor privado, em meio a tentativas de impulsionar a recuperação econômica do país.

“Dados fracos na China geram cautela e isso prejudicou as bolsas da Ásia nesta segunda-feira, contaminando as commodities. Não é só isso. Já haveria um sinal de fraqueza por causa do petróleo, em semana de decisão da Opep+ e início da COP 28 esta semana. Tudo isso gera uma atenção”, diz. A COP 28 ocorrerá de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Quanto ao tema fiscal, os investidores ficarão atentos ao julgamento sobre o pagamento dos precatórios no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda fica no foco o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, dado que os segmentos envolvidos e parlamentares prometem lutar para reverter a decisão. Na sexta-feira, o Índice Bovespa caiu 0,84%, aos 125.517,27 pontos, depois de cinco altas semanais seguidas. Na passada, subiu 0,60%.

Às 11 horas, o Ibovespa caía 0,04%, aos 125.472,06 pontos, ante máxima a 125.826,08 pontos, com elevação de 0,25%, e mínima a 125.401,70 pontos, com recuo de 0,09%.

Em Nova York, os índices futuros cediam em torno de 0,15%. Mesmo o exterior negativo, o que é saudável após recentes altas, destaca o analista da Empiricus Research, o Brasil consegue se desvencilhar, pois existe a expectativa de avanço da pauta econômica doméstica.

“Hoje saiu a arrecadação que trouxe dados melhores. Claro que não é o suficiente, mas já é alguma coisa”, avalia Spiess. A arrecadação federal somou R$ 215,602 bilhões em outubro, um alta real (descontada a inflação) de 0,10% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.