

O Ibovespa hoje cai após testar alta de 0,14%, na máxima intradia dos 139.833,51 pontos depois de ter tocado o nível inédito dos 140 mil pontos ao longo da última sessão. Às 13h18 (de Brasília), o índice recuava 0,23%, aos 139.316 pontos.
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O Ibovespa hoje cai após testar alta de 0,14%, na máxima intradia dos 139.833,51 pontos depois de ter tocado o nível inédito dos 140 mil pontos ao longo da última sessão. Às 13h18 (de Brasília), o índice recuava 0,23%, aos 139.316 pontos.
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A queda do principal índice da B3 hoje ocorre em meio à desvalorização das bolsas de Nova York após ganhos recentes. “Até poderia dizer que é uma realização de lucros, mas é uma queda moderada”, pontua Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “Mas há um volume razoável de papéis que estão passando por correção”, completa Lourenço.
As bolsas de valores internacionais reagem ao corte de juros da China, que anima boa parte do mercado. Estão previstas também falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na busca por pistas sobre o rumo dos juros dos EUA na próxima reunião, após o rebaixamento do crédito dos Estados Unidos pela Moody’s.
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Espera-se que os dirigentes mantenham o tom cauteloso em relação à política monetária, estima Silvo Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria. “Devem manter o posicionamento cauteloso quanto à condução da política monetária no curto prazo, diante das incertezas quanto aos impactos da agenda Trump sobre a economia e a inflação”, afirma o economista sênior da consultoria em relatório. Nesse sentido, diz que os juros futuros já precificam como aposta majoritária o primeiro corte de juros nos EUA apenas para setembro.
No Brasil, a agenda econômica hoje acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura oficial da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, enquanto o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reúne-se com senadores para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da autonomia do BC e tem encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No mercado de câmbio, o dólar opera em queda de 0,11%, a R$ 5,6490. O dólar misto ante moedas emergentes e ligadas a commodities após o corte de juros na China sugere volatilidade ante o real.
Na véspera, a Bolsa de Valores brasileira quebrou novo recorde histórico e já mira os 150 mil pontos – leia mais nesta matéria.
Os sinais são mistos nas bolsas internacionais, com futuros de Nova York em baixa, enquanto as bolsas europeias avançam. Na Ásia, os mercados subiram após o Banco Central da China reduzir os juros de referência em 0,1 ponto porcentual, em uma tentativa de estimular a economia afetada pela guerra comercial.
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Na semana passada, Pequim e Washington concordaram em suspender a maior parte das tarifas bilaterais por 90 dias – relembre aqui. Além disso, os principais bancos chineses cortaram suas taxas de depósito e o governo anunciou redução nos preços da gasolina e do diesel a partir desta terça-feira. Para a Capital Economics, as reduções feitas pelo Banco do Povo da China (PBoC, pela sigla em inglês) devem ter impacto limitado na economia.
Já o Banco Central da Austrália cortou os juros de 4,10% para 3,85% ao ano. O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, sugeriu que o BC britânico desacelere o ritmo de cortes na taxa básica, argumentando que a inflação e o crescimento dos salários ainda estão acima da meta.
No mercado brasileiro, os investidores devem ficar atentos à Petrobras (PETR3; PETR4). A estatal deu mais um passo para conseguir a licença de operação para o projeto da margem equatorial. A empresa também distribui dividendos nesta terça-feira – saiba mais aqui.
A Vale (VALE3) também deve estar no radar dos investidores nesta sessão. A mineradora concluiu que a aquisição da Bahia Mineração (Bamin), em uma operação de US$ 5,5 bilhões, não seria tão atrativa para os negócios.
Destaque ainda para Gol (GOLL4), que vai apresentar no final desta manhã, em audiência nos Estados Unidos, o plano para concluir sua reestruturação no âmbito do Chapter 11.
No cenário local, as atenções se voltam para a segunda prévia do IGP-M. O indicador recuou 0,32% na segunda prévia de maio, após queda de 0,04% na mesma leitura de abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Houve, nesta leitura, queda mais intensa do Índice de Preços ao Produtor Amplo (-0,21% para -0,59%) e aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (0,28% para 0,38%). Em contrapartida, houve moderação na alta do Índice Nacional de Custo da Construção (0,54% para 0,33%).
O petróleo opera em queda depois de acumular ganhos nas duas últimas sessões. Os investidores avaliam riscos ligados a discussões para um cessar-fogo na Ucrânia e negociações nucleares entre EUA e Irã. Os preços da commodity também são pressionados por persistentes preocupações sobre a demanda após o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s ofuscar a perspectiva do maior consumidor mundial de energia. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho caía 0,24%, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 0,18%.
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Ainda entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 0,28%, cotado a 725 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 100,48.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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