

O Ibovespa hoje fechou em queda, com a virada para baixo das Bolsas de Nova York. Nesta quinta-feira (5), o índice da B3 encerrou em baixa de 0,56%, aos 136.236,37 pontos.
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O Ibovespa hoje fechou em queda, com a virada para baixo das Bolsas de Nova York. Nesta quinta-feira (5), o índice da B3 encerrou em baixa de 0,56%, aos 136.236,37 pontos.
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As atenções do mercado estiveram na decisão de juros da Europa e nas discussões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Nova pesquisa do Genial/Quaest sobre as eleições de 2026 também ficou no radar.
A valorização do petróleo não foi suficiente para estimular o principal índice da B3 hoje. Os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam mistos. Os ativos ordinários da estatal recuaram 0,54%, enquanto os preferenciais avançaram 0,03%. Na contramão da queda de 0,14% do minério de ferro, as ações da Vale (VALE3) subiram 0,27% nesta tarde.
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Agora, investidores avaliam dados de emprego dos Estados Unidos. Na quarta-feira (4), indicadores de atividade fracos elevaram apostas na quantidade de reduções dos juros americanos. “O foco global continua nas negociações comerciais e na tramitação do Orçamento de Trump no Senado norte-americano”, cita a Monte Bravo em relatório, lembrando que ontem uma série de dados mais fracos nos EUA derrubou os juros e pressionou o dólar.
Um inibidor de uma valorização do índice da Bolsa hoje foram as incertezas relacionadas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Espera-se que o governo apresente alternativas à elevação do IOF a lideranças parlamentares no domingo.
No mercado de câmbio, o dólar hoje fechou em queda de 1,08%, a R$ 5,5845. Mais cedo, a moeda americana atingiu mínima a R$ 5,5787, menor valor intradiário desde 15 de outubro de 2024, a R$ 5,5660. É também a menor cotação desde outubro de 2024. “O movimento geral do mercado é de tomada de risco em meio ao avanço das negociações entre Trump e Xi Jinping. Moedas de países emergentes e ligados a commodities são especialmente beneficiadas, pela forte exposição à economia chinesa, e o fluxo de entrada no Brasil especificamente se apoia na expectativa pelo anúncio de medidas fiscais estruturais nos próximos dias, em substituição às mudanças do IOF”, afirma Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
Em Nova York, as Bolsas de Nova York fecharam em queda. Dow Jones caiu 0,25%, enquanto Nasdaq e S&P 500 recuaram 0,83% e 0,53%, respectivamente.
Na Europa, as Bolsas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, com o índice DAX alcançando um novo recorde histórico. O movimento foi impulsionado pela decisão amplamente esperada do Banco Central Europeu (BCE) de cortar os juros, enquanto investidores digerem dados econômicos da região e acompanham os desdobramentos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
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Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,11%, fechando aos 8.811,04 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, teve recuo de 0,18%, aos 7.790,27 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,19% e fechou em nível recorde de 24.323,58 pontos. Na sessão, tocou a máxima intradiária de 24.479,42 pontos. Trata-se da 30ª vez que o índice alemão atinge máximas históricas neste ano, segundo levantamento do HSBC. Em Milão, o FTSE MIB registrou alta de 0,74%, aos 40.379,29 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 subiu 0,73%, a 14.203,70 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,02%, aos 7.421,67 pontos. Os dados são preliminares.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única.
O BCE cortou suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, à medida que a inflação da zona do euro desacelerou para nível inferior à meta oficial e em meio a persistentes temores sobre os efeitos da política tarifária do governo Trump na atividade econômica. Desta forma, a taxa de depósito foi reduzida de 2,25% a 2%, a de refinanciamento, de 2,40% a 2,15%, e a de empréstimos, de 2,65% a 2,40%.
Nesta manhã, saíram a balança comercial e os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA. O déficit comercial americano caiu a US$ 61,62 bilhões em abril, menor do que a previsão média de analistas, de US$ 67,5 bilhões. Já o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 8 mil, a 247 mil, vindo acima do esperado.
Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira aponta que 66% dos eleitores desaprovam a ideia de uma candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um quarto mandato em 2026. Comparada com a pesquisa anterior do instituto, divulgada em março, houve um crescimento de quatro pontos porcentuais.
O maior opositor de Lula é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 após reveses no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para 65%, ele deve abrir mão da pretensão ao Planalto. Outros 26% apoiam a sua candidatura, mesmo inelegível no momento. Os que não sabem e não responderam somam 9%.
Em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a pesquisa mostra um empate em um eventual cenário de segundo turno. O petista tem 41%, enquanto o republicano aparece com 40%. Outros 14% disseram que vão votar em branco ou nulo e 5% estão indecisos.
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A Genial/Quaest ouviu 2.004 entrevistados entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.
O petróleo subiu após perdas na véspera, quando circulou notícia de que a Arábia Saudita é a favor de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) siga aumentando sua oferta de maneira acelerada
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, na China, para setembro de 2025, fechou em queda de 0,14%, cotado a 701 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 97,55.
Investidores devem continuar atentos a eventuais novidades sobre as medidas alternativas ao aumento do IOF. São sete as principais propostas sobre as quais a equipe econômica trabalha como alternativas para conter a escalada dos gastos públicos e compensar um eventual recuo da proposta integral de aumentar as alíquotas do imposto, passando por benefícios fiscais a sites de apostas esportivas (bets).
*Com informações de Sergio Caldas, Isabella Pugliese Vellani e Silvana Rocha, do Broadcast
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