O Ibovespa cai nesta segunda-feira (25), com maior cautela no exterior. Às 14h19, a principal referência da B3 recuava 0,22%, aos 115.750,27 pontos, após oscilar entre máxima a 116.030,83 pontos e mínima a 115.573,35 pontos.
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O dia é mercado por novos temores em relação à economia chinesa, em meio à retomada das preocupações quanto à capacidade do gigante asiático de manter o ritmo de crescimento. No setor imobiliário, a incorporadora Evergrande anunciou que está impossibilitada de emitir novos títulos por conta de uma investigação sobre uma de suas afiliadas, o que pode comprometer seus planos de reestruturação de dívidas.
Com o clima de tensão em relação à China, as ações da Vale (VALE3) tombam mais de 3% na Bolsa brasileira, entre as seis maiores perdas do Ibovespa. O movimento da mineradora acompanha a desvalorização do minério de ferro, que fechou em queda de 2,03% no mercado futuro de Dalian.
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Na B3, as ações da Casas Bahia (BHIA3), ex-Via (VIIA3), lideram as perdas do dia, em recuo acima de 10%. Por trás do desempenho negativo, está a desconfiança do mercado quanto ao plano de reestruturação da empresa, após uma precificação decepcionante da oferta subsequente de ações (follow-on).
Além disso, o cenário macroeconômico é desfavorável para o setor de varejo, após uma postura mais rígida de controle de juros por parte do Banco Central no último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).
Do lado oposto, os papéis da Weg (WEGE3) registram a maior alta do Ibovespa, subindo acima de 5%, após um acordo com a americana Regal Rexnord para adquirir negócios de motores elétricos industriais e geradores no valor de US$ 400 milhões, operação que inclui também compra de 10 fábricas em 7 países. O mercado vê a estratégia como positiva por levar a companhia a expandir ainda mais sua exposição a países com moeda forte.
Na sexta-feira (22), o Ibovespa fechou em queda de 0,12%, aos 116.008,64 pontos.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica ao do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
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Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é uma referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, isso significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.