O Ibovespa hoje acelerou os ganhos com ajuda dos papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), e voltou ao maior nível desde 11 de dezembro de 2024, quando fechou perto dos 129.593,31 pontos. Nesta sexta-feira (14), a principal referência da B3 fechou em alta de 2,70%, aos 128.218,59 pontos, após oscilar entre máxima a 128.481,66 pontos e mínima a 124.849,48 pontos.
O índice também recebeu impulso das ações da Petrobras, que subiram 3,60% (PETR3) e 3,08% (PETR4) elevando o seu valor de mercado a mais de R$ 512,5 bilhões, ganho de R$ 16 bilhões somente de ontem para hoje. O papel reagiu à pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para autorização da pesquisa para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
O movimento também foi embalado pela pesquisa Datafolha, que mostrou perda da popularidade do presidente Lula, dando suporte aos papéis das estatais. “Com a maior probabilidade percebida de uma troca de governo em 2026, aumentam também marginalmente as probabilidades de uma retomada da agenda de privatizações no País”, comenta Felipe von Eye Corleta, da GTF Capital.
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Segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, a aprovação do governo Lula caiu de 35% para 24%, atingindo o pior índice dos seus três mandatos na Presidência. “Chama muito a atenção porque ele nunca teve uma avaliação tão ruim. A reprovação do governo foi recorde. Então, isso trouxe um otimismo maior para o mercado. A Bolsa, que estava subindo ao longo do dia em torno de 1,8%, disparou para uma alta de mais de 2,5%”, diz Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.
No exterior, a existência de prazos para a aplicação das “tarifas recíprocas” dos Estados Unidos, anunciadas ontem pelo presidente Donald Trump, foi vista como um espaço para negociações com os parceiros comerciais do país e permitiu um respiro aos ativos brasileiros. Em Wall Street, os índices fecharam mistos: enquanto o Nasdaq subiu 0,41%, o Dow Jones recuou 0,37% e o S&P 500 fechou perto da estabilidade.
No noticiário doméstico, as falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também foram monitoradas com atenção. Em encontro com empresários na Fiesp, Galípolo defendeu cautela na reação a dados de alta frequência que sugerem desaceleração da economia brasileira, frisando que a autoridade monetária espera por maior clareza para concluir se a perda de tração na atividade é mesmo uma tendência.
Na Bolsa brasileira, as ações da Hapvida (HAPV3) disparam 8,19% e registraram uma das maiores alta da sessão. Os papéis da Vamos (VAMO) lideraram os ganhos, subindo 9,17%. Ativos do Banco do Brasil (BBAS3) também aderiram ao movimento positivo e avançaram 4,74%.
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Os papéis da Usiminas (USIM5), operaram em baixa na maior parte do pregão, mas acabaram invertendo o sinal e passaram a subir 1,87%. Hoje, a empresa divulgou o seu balanço do quarto trimestre de 2024, onde apresentou o prejuízo líquido de R$ 117 milhões, revertendo assim o lucro líquido de R$ 975 milhões do mesmo período de 2023.
O lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebitda) ajustado ficou em R$ 518 milhões nos últimos três meses do ano, com queda de 17% em relação ao registrado um ano antes. A receita líquida somou R$ 6,480 bilhões, queda de 4% na mesma base de comparação – veja detalhes nesta matéria.
Do lado oposto, apenas seis papéis recuaram no Ibovespa hoje: os da Petz (PETZ3), Suzano (SUZB3), Porto Seguro (PSSA3), Caixa Seguridade (CXSE3), Embraer (EMBR3) e Petrorecôncavo (RECV3), em queda de 1,79%, 0,64%, 0,51%, 0,47%, 0,21% e 0,13%, respectivamente.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar hoje fechou em queda de 1,26% a R$ 5,6962. É a primeira vez que a moeda americana fecha um dia abaixo de R$ 5,70 em três meses – a última tinha sido em 7 de novembro.
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*Com informações do Broadcast
