O anúncio de uma série de ações pela China para injetar mais liquidez em sua economia estimulou a maioria dos índices de ações internacionais. Investidores ainda reagiram à confirmação de um encontro entre os governos americanos e chineses sobre tarifaço na quinta-feira (8), na Suíça.
O foco também ficou em dados da indústria brasileira de março. A produção industrial subiu 1,2% em março ante fevereiro, superando o teto das expectativas do Projeções Broadcast (+0,7%).
Além disso, a safra de balanços segue a todo vapor. Após o fechamento da B3, sairá uma série de resultados, como Bradesco (BBDC3; BBDC4), Klabin (KLBN11), Rede D’Or (RDOR3) e Vivara (VIVA3) – veja aqui o calendário de balanços desta semana.
- Confira aqui a agenda econômica das empresas nesta quarta-feira
Ibovespa hoje: os destaques desta quarta-feira
Bolsas internacionais buscam recuperação à espera do Fed
As bolsas de valores subiram na China e os índices avançaram em Nova York, sugerindo recuperação para Wall Street após dois dias de perdas.
Os movimentos nas bolsas internacionais hoje refletiram anúncios de redução de juros e de compulsório bancário pelo banco central chinês (PBoC) e a expectativa para uma reunião entre o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro do país asiático, He Lifeng, na Suíça, entre 9 e 12 de maio. Será o primeiro encontro de alto nível entre os dois países desde o anúncio do tarifaço de Donald Trump e a retaliação de Pequim, no início de abril.
As bolsas europeias encerraram o pregão em queda, em meio à temporada de balanços corporativos e tensões comerciais. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,44%, aos 8.559,33 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,58%, aos 23.115,96 pontos. Já o CAC 40, de Paris, recuou 0,91%, aos 7.626,84 pontos. O FTSE MIB, de Milão, teve queda de 0,62%, para 38.319,89 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 registrou ganho de 0,19%, aos 7.021,62 pontos. O Ibex 35, de Madri, caiu 0,37%, para 13.480,40 pontos.
Super Quarta: expectativas para as decisões de juros hoje
Nos EUA, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed manteve inalterada a taxa dos Fed Funds na faixa entre 4,25% a 4,50% ao ano, em comunicado divulgado há pouco. Analistas consultados pelo Broadcast esperavam amplamente uma nova manutenção dos juros pelo BC na terceira reunião de política monetária de 2025.
Já para a decisão do Copom, é esperada alta da taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, e a aposta é de que o comitê não se comprometa com nova elevação em junho. Nesta reportagem, o E-Investidor explica o impacto das decisões de juros no seus investimentos.
Commodities: petróleo e minério avançam
O petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, devolvendo parte dos amplos ganhos da sessão anterior. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho caiu 1,73%, fechando a US$ 58,07 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,66%, para US$ 61,12 o barril.
Entre commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,35%, cotado a 708 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,09 em Dalian, na China.
Os papéis da Vale (VALE3) caíram 0,19% no Ibovespa hoje. Já os da Petrobras (PETR3; PETR4), cederam 0,65%, no caso dos ordinários, e 0,46%, para os preferencias.
Maiores altas e quedas da sessão
As ações da Eneva (ENEV3) lideraram os ganhos da sessão e subiram 4,15%. O apetite elevou o preço do papel a R$ 13,8. Para Rodrigo Brolo, da AAX Investimentos, o movimento, contudo, “é técnico”, considerando o forte volume de compras no ativo.
Do lado oposto, os papéis da RD Saúde (RADL3) tombaram 14,76%. A empresa divulgou o lucro líquido ajustado de R$ 177,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 17,12% frente ao resultado do mesmo período de 2024. Para o Citi, a companhia apresentou resultados piores que o esperado.
Esses e outros assuntos estiveram no radar do Ibovespa hoje.
* Com informações de Silvana Rocha, Maria Regina Silva e Luciana Xavier, do Broadcast