

O Ibovespa futuro abriu esta segunda-feira (7) em queda de 1,60%, aos 125.485 pontos. As atenções do mercado estão no temor de recessão global diante da guerra comercial. Boletim Focus entra no radar em meio à agenda econômica da semana.
As bolsas de valores internacionais enfrentam uma nova semana de cautela. As bolsas asiáticas desabaram nesta segunda-feira (7), com a de Hong Kong sofrendo a maior queda em um único pregão desde 1997, em meio a temores de que a guerra comercial deflagrada pelo tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, desencadeie uma recessão global.
O temor do mercado está espalhado pelo mundo, inclusive na Europa e em Nova York. Os futuros de Nova York e as bolsas europeias afundam, sendo que a Bolsa de Frankfurt chegou a desabar 10% mais cedo refletindo o medo de uma recessão mundial. As ações de bancos dos EUA e da Europa operam em forte baixa.
O EWZ (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação negociado em NY), que replica o desempenho das principais ações brasileiras, caía 3,31% às 8h45 no pré-mercado, sinalizando um dia de perdas fortes para o principal índice da B3 hoje em meio aos tombos das commodities.
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“A preocupação é com retaliação à política tarifária americana, o que reforça o medo de guerra comercial e recessão no mundo. A agenda econômica também não ajudou”, diz o economista-chefe do BV, Roberto Padovani.
O que fica no radar do Ibovespa futuro hoje?
Boletim Focus traz novas apostas para economia
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (7), os principais indicadores da economia, sendo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic – veja os detalhes aqui.
A mediana do relatório do BC para inflação brasileira em 2025 se manteve em 5,65%, ainda acima do teto da meta (4,50%). Nos anos seguintes, também houve estabilidade no IPCA: em 2026, segue em 4,50%, em 2027, 4,00% pela 7ª semana consecutiva, e para 2028, ficou em 3,78% pela 3ª semana consecutiva.
Em relação à taxa de juros brasileira, também houve estabilidade. A Selic para 2025 ficou em 15% e, em 2026, 12,50%. Já em 2027 e 2028, foram 10,50% e 10% respectivamente, segundo o boletim Focus.
Commodities: petróleo e minério enfrentam forte queda
O petróleo chegou a recuar mais de 3% nesta segunda-feira, ampliando perdas da semana passada e renovando mínimas desde 2021, em meio a temores de que a crescente guerra comercial gere uma recessão global e enfraqueça a demanda pela commodity. No início desta manhã, o barril do petróleo WTI e Brent recuavam 1,36%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em queda de 3,29%, cotado a 720 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,86.
Como fica a operação de juros e dólar hoje
O dólar hoje avança ante o real, em meio à valorização externa ante moedas emergentes diante das novas perdas do petróleo e minério de ferro em meio à aversão ao risco persistente por temores crescentes de recessão nos EUA e mundial. Nesta segunda-feira, o dólar abriu em alta de 0,85%, a R$ 5,8793.
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A segunda-feira pode ser de instabilidade nos juros futuros diante dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sem direção única, mas o dólar em alta pode pressionar as taxas para cima.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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