A desvalorização das bolsas americanas e das commodities, além da alta dos juros futuros internos e dos rendimentos dos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos pesam no Ibovespa.
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Depois de subir 0,21%, aos 127.957,49 pontos, na máxima, migrou para queda de 0,45%, na mínima aos 126.995,50 pontos. Com isto, quase zerava a alta semanal, após recuar 1,63% na passada.
O volume financeiro pode superar a média diária na faixa dos R$ 20 bilhões, por conta do vencimento de opções sobre ações na Bolsa brasileira.
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A deterioração dos ativos reflete a expectativa de que, em eventual início de cortes dos juros, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) a taxa no final do ciclo seja menor do que a estimada pelo mercado.
Essa ideia foi reforçada em dados americanos divulgados nesta sexta-feira (15). Para a reunião de política monetária, a expectativa é de manutenção das taxas, com o processo de queda começando em junho deste ano.
O índice preliminar de sentimento do consumidor dos EUA, da Universidade de Michigan, caiu a 76,5 em março; previsão: 77,4. Já a produção industrial do país subiu 0,1% em fevereiro ante janeiro.
O resultado superou a expectativa de analistas, que previam estabilidade. Em linhas gerais, os dados reforçam o entendimento em relação aos recentes indicadores do país de indícios de pressão inflacionária nos EUA.
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Neste sentido, a expectativa em relação ao tamanho dos cortes dos juros pelo Federal Reserve (Fed) no final do ciclo pode diminuir. Há pouco saiu o “Hoje tivemos a produção industrial e o CPI, índice de preços ao consumidor americano de fevereiro, informado nesta semana, acima do previsto nesta semana.
A junção destes dados tem um efeito negativo nas bolsas, a curva de juros está abrindo, o dólar testou R$ 5,00 e as ações Small Caps (ações listadas na bolsa de valores e que possuem um valor menor de mercado) mais sensíveis ao ciclo de juros estão caindo”, relata Lucca Ramos, sócio da One Investimentos.
Na opinião de Ramos, o mercado parece se ajustar a apostas mais realistas para o ciclo de baixa estimado para os juros nos EUA.
“Antes, chegou-se a prever redução de 1,50 ponto, depois de 1 ponto. Agora, sugere ir mais na direção de um corte de 0,75 ponto porcentual, com indicam os membros do Fed”, diz.
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Ontem, o Ibovespa fechou com recuo de 0,25%, aos 127.689,97 pontos, já refletindo essa possibilidade de cortes menos agressivos nos Estados Unidos neste ano e ainda por conta dos ruídos políticos envolvendo a mineradora e a estatal. Aliás, ontem, a preocupação generalizada do mercado com os riscos à governança corporativa da Petrobras se sobrepôs, na reunião da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), ao debate em torno da retenção dos dividendos extras.
Em comunicado a petrolífera reforçou que não há qualquer decisão ou data definida para distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas.
Após fortes ganhos recentes, o petróleo cai no exterior, o que pode contaminar também as ações da Petrobras, que ontem fecharam em baixa.
Às 11h36, cediam entre -0,46% (PETR3) e -0,30% (PETR4). Vale (VALE3) perdia 1,42%. O minério de ferro fechou em baixa de 3,46% em Dalian, na China.
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Por lá, o banco central decidiu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não deverá alterar seus juros básicos na próxima semana.
Conforme apuração do Broadcast, o novo presidente da Vale, que substituirá Eduardo Bartolomeo no início do próximo ano, poderá ser ligado a acionistas representativos da mineradora.
“Além da queda do minério, todas as notícias envolvendo a empresa, como a saída de um conselheiro da Vale nesta semana pesam”, completa o sócio da One Investimentos, completando ainda que pesam as incertezas em torno da Petrobrás. ”
Os sinais da China não são muito bons para o cenário de Brasil. As commodities em baixa não dão uma boa sinalização para o nosso mercado”, cita em nota Helder Wakabayashi, analista da Toro Investimentos.
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Às 11h46, o Ibovespa caía 0,63%, aos 126.882,95 pontos. Vale cedia 1,42% e Petrobras tinha -0,30% (PN) e -0,46% (ON).