O Ibovespa aprofundou as perdas nesta quarta-feira, voltando a trabalhar abaixo dos 100 mil pontos, uma vez que temores de recessão nos Estados Unidos voltaram a prevalecer no exterior, enquanto, no Brasil, os negócios ainda são afetados por receios com o cenário fiscal.
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Às 14:44, o Ibovespa caía 1,06%, a 99.523,09 pontos. Mais cedo, no melhor momento, chegou a 101.313,08 pontos. Na mínima, caiu a 99.218,13 pontos. O volume financeiro somava 11,8 bilhões de reais.
Nos EUA, números divulgados mais cedo mostraram que o PIB caiu a uma taxa anualizada de 1,6% no primeiro trimestre, em dado revisado para baixo em relação ao ritmo de queda de 1,5% relatado anteriormente.
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O chair do banco central dos EUA, Jerome Powell, por sua vez, disse que existe o risco de que os juros do Federal Reserve desacelerem demais a economia norte-americana, mas o maior risco é uma inflação persistente que comece a deixar as expectativas públicas sobre os preços avançarem
Em Wall Street, o S&P 500 caía 0,14%, enquanto o Dow Jones tinha leve alta. Mas ETFs de commodities do S&P, como o de metais e mineração e o de energia tinham quedas mais pronunciadas.
No Brasil, ocupava o foco de atenções o substitutivo da chamada PEC dos Combustíveis, que prevê um impacto total de 38,75 bilhões de reais em razão de novos benefícios, como aumentos nos valores do Auxílio Brasil e Auxílio e criação de voucher para transportadores autônomo de carga.
“O risco fiscal começou a pegar”, afirmou o gestor e sócio da Armor Capital, Alfredo Menezes.
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Dos papéis do Ibovespa, Qualicorp, CVC Brasil e Positivo figuravam na ponta negativa, com quedas de 7,43%, 5,45% e 5,02%, respectivamente. No outro extremo, Via ganhava 2,40%, Cyrela subia 2,31% e SLC Agrícola avançava 2,22%.