Com o fantasma dos juros à solta, CVC (CVCB3) afunda 7% e Totvs (TOTS3) perde 6,6%
Com turbulência externa, Embraer (EMBJ3), Brava Energia (BRAV3), Vamos (VAMO3) e Minerva (BEEF3) engrossam a lista de quedas em um pregão de aversão ao risco
CVC desaba e puxa as maiores baixas do Ibovespa em um dia de juros futuros em alta, dólar forte e aversão global ao risco. (Imagem: Adobe Stock)
As maiores quedas do Ibovespa se deram em companhias mais sensíveis ao ambiente de juros altos e à piora generalizada do apetite por risco no exterior. A CVC (CVCB3) recuou 7,11%, a R$ 1,83, mantendo-se na lanterna do índice. O movimento reflete um dia de estresse nos juros futuros, que avançaram após declarações pouco conclusivas de dirigentes do Federal Reserve, e um dólar firme acima de R$ 5,40, fatores que tradicionalmente pesam sobre companhias expostas ao consumo e ao turismo.
A pressão veio também de fundamentos. Apesar do lucro ajustado 35,6% maior no terceiro trimestre de 2025 e do Ebitda positivo, a CVC apresentou projeções mais cautelosas para 2026 e indicou um ritmo menor de abertura de lojas, o que reforçou a postura defensiva dos investidores no pós-balanço.
Logo atrás, a Totvs (TOTS3) caiu 6,66%, a R$ 43,28. A empresa entregou um último balanço sólido, mas, em um pregão dominado por aversão global ao risco e reprecificação das expectativas de cortes de juros nos EUA, ações de tecnologia ficaram entre as mais penalizadas. O movimento também inclui realização de lucros após a forte performance acumulada em 2025.
Na sequência, MBRF (MBRF3) (-3,77%), Embraer (EMBJ3) (-4,34%), Brava Energia (BRAV3) (-2,76%), Vamos (VAMO3) (-3,14%) e Minerva (BEEF3) (-2,61%) completavam a lista das maiores baixas do dia, em um cenário em que praticamente nenhum setor conseguiu escapar da piora no humor do mercado internacional.