Itaú vê Ibovespa 20% abaixo da média histórica, apesar do recorde de 156 mil pontos. (Foto: Itaú/Reprodução)
Mesmo com o Ibovespa em novo recorde histórico, aos 156 mil pontos, os resultados financeiros das empresas brasileiras que fazem parte da Bolsa estão sendo negociados 20% abaixo da média histórica quando comparado o preço da ação sobre o lucro das companhias, afirmou Márcio Kimura, superintendente íon Itaú e head da Itaú Corretora, durante evento Ponto de Virada 2025, promovido pelo Itaú Unibanco.
Martin Iglesias, líder em recomendação de investimentos no Itaú Unibanco, afirma que sua preferência segue sendo pela renda fixa, apesar da alta recente do Ibovespa.
“Nossa visão é neutra para a Bolsa. Para ficar positivo, precisaria de uma expectativa de alta de 20% para o Ibovespa em 2026, o que o levaria para cerca dos 185 mil pontos. Acho meio puxado”, explica Iglesias.
Tanto Iglesias quanto Kimura destacaram que estar neutro em bolsa não significa que não é para o investidor não estar posicionado. “Não é para ficar sobrealocado em Ibovespa. É preciso fazer uma boa seleção dos ativos”, disse Iglesias. Já Kimura afirmou que “estar neutro em bolsa é estar posicionado, e não ficar zerado em bolsa”, explicou.
William Castro, estrategista-chefe da Avenue, corretora do Itaú nos Estados Unidos, lembra que o movimento de alta recente do Ibovespa tem sido ajudado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. “Nos EUA, os investidores estavam alocados em Trump, mas reduziram alocações nos EUA e foram para mercados emergentes assim que o presidente americano começou a fazer algumas besteiras”, afirmou.