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Ibovespa recua com exterior em aversão ao risco por tensão geopolítica

Veja os destaques da Bolsa nesta manhã

Ibovespa recua com exterior em aversão ao risco por tensão geopolítica
Quando acontece um circuit breaker, bolsa alerta para momentos de grande estresse no mercado. (Rahel Patrasso/Reuters)

O principal índice de ações da bolsa brasileira caía nesta segunda-feira, diante de aversão ao risco no mercados internacionais dada a escalada de tensões na Ucrânia.

Investidores também mantinham o foco na expectativa pela decisão de política monetária nos Estados Unidos, enquanto na cena doméstica mercado avaliava a sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente Jair Bolsonaro.

Às 11:45, o Ibovespa caía 1,32%, a 107.504,10 pontos. Empresas com atividade ligadas às commodities metálicas pressionavam o índice, enquanto alguns papéis de bancos e frigoríficos ajudavam a conter as perdas. O volume financeiro era de 7,4 bilhões de reais.

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Os ativos de risco globais recuavam nesta segunda-feira, com investidores preocupados após a Rússia acumular tropas nas fronteiras com a Ucrânia. Algumas nações incluindo Estados Unidos e Reino Unido ameaçaram impor sanções caso os russos invadam o país vizinho, embora Moscou negue que tenha planos para uma ofensiva.

A aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que estava colocando forças em prontidão e reforçando o leste europeu com mais navios e jatos de guerra.

Rússia e EUA estão em negociações, com Moscou exigindo que a Otan retire a promessa de que a Ucrânia poderá se juntar à aliança um dia, e que a organização retire tropas e armas de ex-países comunistas no leste europeu que entraram no grupo após a Guerra Fria.

Os índices de ações nos EUA caíam mais de 1%, estendendo queda das últimas sessões, e o índice de volatilidade CBOE subiu mais cedo em Wall Street para o maior patamar desde o início de dezembro. O índice pan-europeu STOXX 600 também recuava firme.

A semana é importante para os mercados globais, que aguardam pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira. Embora as expectativas sejam de manutenção da taxa de juros, as atenções estão voltadas para o tom a ser adotado pelo banco central norte-americano e as potenciais pistas a serem divulgadas sobre se o início do ciclo de alta nos juros começará já em março.

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Na cena doméstica, a pauta fiscal segue no radar após a sanção do Orçamento de 2022 pelo presidente Jair Bolsonaro, que incluiu previsão de 1,7 bilhão de reais para reajustes de servidores públicos.

A peça ainda projeta 4,9 bilhões de reais para alimentar o fundo eleitoral, enquanto Bolsonaro vetou 3,2 bilhões de reais com o objetivo de recompor verbas de pessoal, menos do que o estimado anteriormente.

Destaques

– VALE ON cedia 1,8% e CSN ON caía 1,9%. Trata-se da terceira queda seguida de ambos os papéis. Os preços do minério de ferro recuaram na Ásia, com traders cautelosos antes do feriado do Festival da Primavera e dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

– LOCAWEB ON caía 8,2%, enquanto BANCO PAN PN cedia 6,4%, MÉLIUZ ON tinha queda de 5,7% e INTER UNIT recuava 5%.

– BRADESCO PN subia 1,5% e ON tinha alta de 0,7%, e BANCO DO BRASIL ON avançava 0,6%. Já ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,3% e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 0,5%.

– PETROBRAS PN caía 0,7% e ON cedia 1,1%, diante de queda nos preços do petróleo devido à alta do dólar — por conta das tensões na Ucrânia — e da perspectiva de aumento de juros nos EUA nos próximos meses.

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– IRB BRASIL ON caía 4,2%, estendendo queda da última sessão. A empresa divulgou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 113,8 milhões de reais em novembro, enquanto prêmios emitidos caíram 0,5% ante o mesmo período de 2020, enquanto o sinistro aumentou 13,5%.

– MARFRIG ON subia 4,7%, enquanto JBS ON avançava 0,8%. O preço-alvo da ação da Marfrig foi elevado de 25 para 27 reais por Jefferies.

– HAPVIDA ON avançava 1,5% e INTERMÉDICA ON subia 1,1%, sétima alta consecutiva de ambos os papéis. As empresas planejam finalizar a combinação de seus negócios em fevereiro.

– EMBRAER ON caía 1,1%, após subir quase 5% na abertura. A fabricante de aeronaves recebeu pedidos da companhia de leasing norte-americana Azorra em transação de 3,9 bilhões de dólares.

– AMERICANAS ON caía 1,4%, menos que os pares MAGAZINE LUIZA ON e VIA ON, que cediam 4,5% e 5,5%, respectivamente. As ações de Lojas Americanas deixaram de ser negociados na B3 a partir desta segunda-feira, após combinação de bases acionárias com a Americanas.

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