A Icatu chega ao final de 2022 com mais de R$ 50 bilhões em reservas de previdência, marco que consolida a posição da empresa como a maior entre as empresas independentes do segmento. Nos últimos cinco anos, as reservas mais que triplicaram. No último ano, cresceram 14%, de acordo com a empresa.
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O diretor de produtos de previdência da seguradora, Henrique Diniz, afirma que o crescimento nos últimos cinco anos é resultado de uma série de iniciativas, desde a busca por mais fundos de previdência na plataforma aberta a evoluções regulatórias. A Icatu também saiu em busca de clientes que não alocavam em previdência, e daqueles que, em outras seguradoras, tinham alocações inadequadas.
“Temos um posicionamento de tentar buscar tanto o cliente novo quanto de sensibilizar os clientes que estão com seu portfólio mal alocado em previdência”, diz ele. Um exemplo são as plataformas digitais de investimentos, em que a Icatu encontrou um público que já investia, mas que dava menor atenção à previdência privada.
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A prateleira da seguradora tem hoje mais de 400 fundos de previdência, com 140 gestores diferentes. A Icatu foi pioneira na abertura da plataforma a produtos de terceiros, tendência que as demais começaram a seguir diante do aumento da concorrência no mercado. Nos últimos cinco anos, a empresa recebeu mais de R$ 19 bilhões em contribuições, e mais de R$ 14 bilhões em recursos vindos de outras companhias. No período, a captação líquida foi de R$ 23 bilhões.
A briga da portabilidade, que gerou um crescimento via “rouba-monte”, foi um fator importante no mercado de previdência nos últimos anos, mas não o único. A queda da taxa Selic alterou o perfil de alocação dos clientes do setor, com o aumento da importância de produtos como fundos multimercado.
“Mais de 95% da indústria há cinco anos estava alocada em renda fixa, muito conservadora”, comenta Diniz. Na Icatu, segundo ele, o perfil sempre esteve mais para uma relação 60%-40% para a tradicional renda fixa. A partir de 2019, porém, houve uma migração para estratégias menos conservadoras, em linha com o movimento do setor.
Esse movimento se reverteu recentemente, com muitos investidores buscando segurança diante da volatilidade do mercado. “Nessa subida de juros recente, vimos um movimento um pouco inverso, de os investidores voltarem para a renda fixa diante de um CDI mais alto”, acrescenta.
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