Na quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) anunciou o aumento da taxa Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano, em resposta a um cenário econômico desafiador. Isso gera uma demanda por reais, valorizando a moeda brasileira frente ao euro. Esta reportagem do E-Investidor detalha o assunto.
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O ambiente econômico internacional segue incerto, especialmente com a desaceleração econômica nos Estados Unidos e a postura restritiva do Federal Reserve (Fed), que continua buscando reduzir a inflação para níveis-alvo.
Com bancos centrais de grandes economias adotando políticas de alta cautela, cria-se uma pressão extra sobre mercados emergentes, que precisam ajustar suas políticas monetárias para manter atratividade de investimento e estabilidade cambial.
Qual a influência da taxa Selic no câmbio e no euro?
A taxa Selic tem um papel fundamental na cotação do real em relação ao euro. Quando está alta, como no atual patamar de 11,25% ao ano, títulos brasileiros tornam-se mais atraentes para investidores estrangeiros, que veem maior retorno nesses ativos.
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Em contrapartida, uma Selic mais baixa tende a tornar o real menos competitivo, reduzindo a entrada de capital estrangeiro e incentivando a saída de recursos, o que pressiona o real a se desvalorizar, como explicou o BC.
Em casos de moeda local desvalorizada, o impacto da alta do euro é intensificado, encarecendo produtos e insumos importados da Europa e afetando diretamente empresas e consumidores no Brasil que dependem desses produtos.
Diante dessas oscilações, o BC monitora o câmbio e ajusta a Selic para mitigar os impactos da valorização do euro. A alta da Selic, além de controlar a inflação, atrai capital estrangeiro e fortalece o real, o que ajuda a conter os aumentos de custo dos insumos europeus para o mercado brasileiro.
Essa política monetária visa a manter a estabilidade dos preços e proteger a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional.
A tabela abaixo, embasada nas informações do BC e de relatórios de inflação, explica o motivo da necessidade de ajustar a política monetária para projeções inflacionárias coerentes e controle de câmbio adequado. Veja:
Fatores | Consequências da Alta da Selic | Consequências da Diminuição do Euro |
---|---|---|
Atração de Investimentos Externos | A Selic mais alta torna os ativos brasileiros mais atraentes, levando a uma valorização do real. | A diminuição do euro torna as exportações brasileiras mais competitivas na zona do euro, impulsionando os negócios. |
Custo de Crédito | O aumento da Selic eleva o custo do crédito para empresas e consumidores, o que pode desacelerar o consumo e o investimento. | Não afeta diretamente o custo do crédito, mas a melhoria nas exportações pode gerar mais fluxo de recursos no mercado. |
Inflação e Custo de Importação | A alta da Selic ajuda a controlar a inflação, tornando os produtos mais caros no mercado interno. | A redução do euro em relação ao real torna os produtos importados mais baratos, ajudando a conter as pressões inflacionárias. |
Impacto no Crescimento Econômico | A alta pode desacelerar o crescimento, mas é necessária para controlar a inflação. | A diminuição do euro pode melhorar a balança comercial e ajudar na manutenção da estabilidade econômica. |
Consequências para consumidores e empresas