O Citi considera que o impacto da startup chinesa de Inteligência Artificial (IA), DeepSeek, nas ações da WEG (WEGE3) na segunda-feira (27) – quando o papel caiu mais de 7%, em meio a um Ibovespa totalmente positivo (+2%) – é muito extremo.
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Em relatório, o analista André Mazini avalia que a grande redução de custo prometida pela chinesa ainda não foi comprovada. Além disso, afirma que a Weg interage com a IA por meio de data centers, e não de chips de ponta.
O profissional avalia ainda que o paradoxo de Jevons (traz a ideia de que, à medida que as melhorias tecnológicas aumentam a eficiência com a qual um recurso é usado, o consumo total desse recurso pode aumentar, em vez de diminuir) pode se consolidar, com a redução pela metade do custo da IA mais do que dobrando a demanda, e o consumo de energia possivelmente aumentando.
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Ainda sobre o impacto da Deepseek na Weg, o analista destaca que 19% da receita da empresa vem dos mercados externos de Geração, Transmissão e Distribuição (GT&D) de energia, um mercado que cresce a uma taxa robusta de 36%.
“Então, se a DeepSeek realmente entregar as reduções de custo prometidas, com pouca compensação do paradoxo de Jevons, os investidores poderiam reduzir seu crescimento de perpetuidade para a Weg, o que não é nosso caso base”, afirma.
O profissional calcula que a ação da Weg é negociada com um múltiplo de 24 vezes o preço/lucro (P/L) previsto para 2026.
O Citi tem recomendação de compra para a WEG (WEGE3), com preço-alvo de R$ 62 para as ações da empresa, o que representa um potencial de valorização de 16,3% sobre o fechamento do papel no pregão de segunda-feira (27).
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