Investidores escolhem ações de saúde preferidas em meio a frustração com setor

Por Beatriz Capirazi

29/10/2024 | 15:32 Atualização: 29/10/2024 | 15:32

Empresas do setor de saúde (Foto: Adobe Stock)

O Bank of America (BofA) avalia que os investidores parecem frustrados com o desempenho das ações de saúde em 2024 e estão buscando razões para tal movimento, considerando que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a taxa de desemprego e a inflação estão em boa forma. A avaliação acontece após uma viagem de marketing feita pelo banco aos Estados Unidos para conversar com investidores, que continuam a considerar Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3) como as preferidas do setor.

Em relatório, os analistas Flávio Yoshida, Gustavo Tiseo e Mirela Oliveira apontam que entre as duas “queridinhas do setor”, consideradas top picks por diversos bancos, Hapvida é a preferida, mas com algumas preocupações ainda no radar.

Embora os investidores se mostrem confiantes que a sinistralidade (MLR) vá para um nível de 68%, preocupações sobre o potencial de crescimento e regiões para expandir sua base de beneficiários estão entre os pontos de atenção, assim como a tendência de depósitos judiciais. Ainda no radar, estão possíveis problemas durante a integração final do sistema entre Hapvida e o Grupo Notredame Intermédica (NDI) e suas consequências.

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Além disso, os investidores ainda avaliam que os impactos potenciais das mudanças regulatórias relacionadas ao reajuste técnico nos preços dos planos individuais, os efeitos de uma nova regulamentação sobre planos de saúde ambulatoriais, e oportunidades de fusões e aquisições tanto para operadoras quanto para hospitais também permanecem no radar.

Na avaliação do BofA, Rede D’Or é bem vista, mas com algumas incertezas. O banco aponta que as discussões sobre a companhia se concentram na sinistralidade de SulAméica, em aspectos da parceria dos hospitais com o Bradesco (BBDC4).

Além disso, possíveis impactos nas margens devido ao plano de expansão também estão no radar dos investidores, levando em conta a capacidade de leitos hospitalares já existente nas regiões de atuação da Rede D’Or. Há também interesse dos investidores em compreender se a Rede D’Or entrará no mercado de diagnósticos no futuro.

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