A falta de clareza regulatória para investimentos institucionais em criptoativos diminuiu no Brasil com a Resolução 175 da Comissão da Valores Mobiliários (CVM), que definiu limites de alocação neste tipo de ativo para fundos, apontou Samir Kerbage, líder global de investimentos da Hashdex, durante painel no 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada.
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A gestora tem o fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) HASH11, o segundo maior do Brasil em número de cotistas, mas também está atuando como ponte para que gestoras acessem o mundo cripto. No contexto da previdência complementar, assunto do congresso, Kerbage aponta que os futuros cotistas, a atual geração entre 16 e 25 anos, é a que mostra mais interesse pelos ativos como o bitcoin e ethereum.
Apesar dos preços dos ativos estar muito aquém da máximas históricas em 2021, o executivo aponta que o bitcoin tem valorização de cerca de 60% este ano, registrando a maior alta nos mercados. “O bitcoin tem um padrão de ser a melhor ou a pior aplicação do ano sempre. Vemos ele na primeira posição em 2023 e acreditamos que isso vai se repetir nos próximos 12 e 24 meses”, afirmou.
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O mercado teve uma explosão em 2020 e 2021, depois que as tecnologias foram impulsionadas pelos investimentos de Venture Capital (VC) em 2018, de acordo com Kerbase. Naquele ano o total de aportes foi de US$ 5 bilhões. “Imagine então qual será o crescimento com os investimentos de 2021 e 2022, de cerca de US$ 50 bilhões?” No ano passado, mesmo em meio a crises, os VCs injetaram US$ 26 bilhões em empresas que desenvolvem projetos relacionados ao blockchain.
A curva de adoção de cripto está em um período inicial, mais ou menos como a internet estava no final dos anos 1990, diz Kerbage. Naquela época, ele lembra que os bancos não estavam inseridos no meio digital, nem operacionalmente e tampouco na ponta final, para os clientes. “Nesta década, acreditamos que vamos nos mover para que cripto faça parte da vida das pessoas”, disse.