Cada vez mais brasileiros investem em criptomoedas. É o que diz o levantamento divulgado pela Receita Federal que traz dados relativos ao mês de março. No período, mais de 1,6 milhão de CPFs registraram negociação de ativos digitais no País, o maior número já reportado pelo órgão, em uma alta mensal de quase 15%.
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Para efeitos de comparação, em março de 2022, a quantidade de investidores era bem menor e correspondia a 671.299 CPFs, cerca de 58% a menos do que os dados de agora. Na época, 14.151 CNPJs declararam operações em criptoativos, contra os 61.257 atuais. No entanto, o número recorde de companhias que investiram em criptomoedas foi registrado em dezembro de 2022 (65.364 CNPJs).
Por trás do crescimento de operações no setor, está a valorização do preço do Bitcoin (BTC) no acumulado do ano, com alta de quase 60%, em um momento de recuperação após a crescente desconfiança que assolou o mercado decorrente da falência de exchanges, como a FTX.
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Em março de 2023, o Bitcoin foi a moeda mais negociada pelos brasileiros, com mais de 2 milhões de operações registradas. Em valor total de transações, no entanto, a cripto perdeu para a Tether (USDT). A stablecoin, que é lastreada em dólar, superou a marca de R$ 11 bilhões em operações registradas no Brasil durante o mês.
Quanto ao perfil dos investidores, a maior parte é composta pelo público masculino, que correspondeu a 79,33% do total em março. Já as mulheres representaram 20,67%, sendo responsáveis por operar apenas 15,86% do valor total de transações com cripto no período.
Vale ressaltar que o levantamento da Receita não representa a quantidade exata de investidores de criptomoedas do País, porque leva em consideração apenas os dados informados por corretoras brasileiras e por empresas que investem em criptoativos no exterior, além de pessoas físicas que operam as moedas entre si sem a intermediação de nenhuma exchange.
Dessa forma, clientes que negociam exclusivamente em corretoras estrangeiras, como a Binance, líder no setor, não são contabilizados.