O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, reduziu a projeção para a inflação medida pelo índice em setembro, de alta de 0,40% para 0,10%.
“Para as próximas semanas, observamos que a passagem aérea está revertendo a tendência de alta e, junto com a alimentação, que está desacelerando, deve diminuir a variação positiva do índice para um número bem menor”, afirma. Na segunda quadrissemana de setembro, o IPC-S subiu 0,09%, ante queda de 0,10% na primeira leitura do mês. Apesar do avanço de passagem aérea (18,37% para 30,04%) no período, com impacto positivo de 0,52 ponto porcentual sobre a variação total do indicador na segunda quadrissemana, segundo Picchetti, a pressão positiva do item sobre o IPC-S deve arrefecer ao longo do mês. “A ponta está abaixo de 20%”, calcula o coordenador.
Ainda de acordo com Picchetti, o grupo Alimentação (-0,04% para -0,21%) deve continuar em deflação ao longo de setembro, puxado pela continuidade na queda de leite tipo longa vida (-3,07% para -8,29%). “O leite longa vida está com uma deflação grande e essa tendência deve se intensificar para as próximas semanas, trazendo o indicador para baixo. A ponta do item já está em queda de 16%.”
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A gasolina (-10,03% para -9,61%) também deve contribuir para uma inflação menor do IPC-S em setembro, elenca o coordenador. O item teve impacto negativo de 0,51 ponto porcentual sobre o indicador na segunda quadrissemana de setembro. “A redução de impostos segue chegando na bomba para o consumidor e a ponta ficou praticamente no mesmo nível da quadrissemana, em torno de queda de 10%.”