

A Airbus (AIR) reconhece a expertise técnica da Embraer (EMBR3), mas vê algumas restrições para que a empresa possa competir no segmento narrowbody (corredor único) de maior porte, como o A320, segundo o Itaú BBA. Analistas do banco se reuniram com executivos da fabricante europeia que apresentaram sua percepção sobre a companhia brasileira.
Além do investimento considerável, entre US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões, a Embraer levaria de sete a oito anos para trazer um novo produto ao mercado. “A janela de oportunidade é estreita dada a rápida evolução tecnológica, que deve trazer uma nova geração de aeronaves em breve”, afirma o Itaú BBA em relatório após a reunião com a Airbus.
Na prática, isso significaria que se a Embraer se preparar para lançar uma nova aeronave em breve, pode rapidamente se tornar obsoleta. Por outro lado, se atrasar o lançamento de um modelo inédito, pode perder os movimentos de seus concorrentes.
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Ainda assim, o analista Daniel Gasparete ressalta que mantém uma perspectiva positiva sobre a Embraer devido ao seu “forte momento, geração de fluxo de caixa e perspectiva de lucros, rendendo uma taxa interna de retorno (TIR) de 14% em dólares”.
Airbus
O Itaú BBA cita outros destaques do encontro com a Airbus. Entre eles, que a fabricante está enfrentando uma demanda robusta por aeronaves comerciais, com um backlog totalmente reservado até 2031, impulsionado pela substituição e expansão da frota.
Contudo, as restrições da cadeia de suprimentos continuam sendo um desafio significativo, com limitações que provavelmente persistirão por vários anos. Enquanto isso, o programa A220 está focado na lucratividade por meio do volume em vez do preço.