O Itaú BBA reiterou a recomendação de compra para as ações do BTG Pactual (BPAC11) com um preço-alvo de R$ 43 para o final de 2024, uma potêncial alta de 19% na comparação com o fechamento de sexta-feira (5). O papel disparou 57% apenas em 2023.
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Na visão dos analistas, o banco conseguiu entregar uma boa rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) em um período que taxa básica de juros da economia, a Selic, ficou elevada.
A Selic subiu de 2% ao ano para 13,75% ao ano entre 2021 e 2022. Esse fator causou uma fuga de capital dos ativos de risco para a renda fixa, sendo parcialmente negativo para uma parcela das receitas do BTG, que é um banco de investimentos.
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Ou seja, na visão dos analistas, o banco de André Esteves entregou um bom desempenho mesmo com os juros elevados. E esses números tendem a melhorar ainda mais com a redução da Selic, que pode ir dos atuais 11,75% ao ano para 9% ao ano, segundo o Boletim Focus desta segunda-feira (8).
“O BTG está entrando em um ciclo de juros mais baixos mais forte do que nunca em termos de balanço e plataformas de negócios, com bastante apetite crescer”, disseram Pedro Leduc e Mateus Raffaelli, que assinam o relatório.
Segundo os calculos da equipe do Itaú BBA, o BTG deve registar um crescimento de 23% das receitas em 2024, liderado principalmente por divisões de taxas.
“Esperamos uma combinação de receitas mais altas em todas as divisões e alavancagem operacional para permitir uma expansão ainda maior do ROE em 2024”, explicam os analistas.
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Com base nessa melhora da queda dos juros, os analistas estimam um lucro líquido ajustado de R$ 12,6 bilhões para o BTG Pactual em 2024, contra os R$ 12,3 bilhões anteriores, um crescimento anual de 22%. Já o ROE ajustado deve encerrrar o ano em 23,4%.