O Itaú BBA tem uma nova projeção para o Ibovespa ao final de 2025. A casa, que antes possuía uma estimativa de 165 mil pontos para o índice, agora espera que ele alcance os 145 mil pontos. Considerando que a principal referência da B3 opera atualmente próxima aos 119 mil pontos, o potencial de valorização é de mais de 21%.
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A decisão leva em conta o cenário macroeconômico negativo, com um ciclo de aperto monetário no radar, além de um menor crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e uma inflação mais alta. No que se refere aos lucros das empresas, a casa observa um risco de revisões para baixo nos resultados, em um cenário de juros elevados.
Por outro lado, o Itaú BBA enxerga que o valuation da Bolsa brasileira está atrativo, já que o Ibovespa está sendo negociado a um P/L (preço sobre lucro) de 6,8 vezes, o menor nível em 30 meses. O banco mostra que, em momentos de alta histórica, o índice já chegou a negociar a um P/E projetado de 14 a 15 vezes. Já em mercados de baixa, foi negociado a um P/E de 6 a 7 vezes – próximo ao nível atual.
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“O índice está se aproximando de um território de sobrevenda, mas ainda enfrenta um cenário desafiador para a indústria de fundos local e um humor mais cauteloso por parte dos investidores estrangeiros”, destaca a equipe do banco liderada por Daniel Gewehr.
A chamada sobrevenda, no universo financeiro, indica uma situação em que o preço de um ativo é considerado muito baixo em relação ao seu valor real. Quando isso ocorre, pode haver uma correção ou reversão de preços no curto prazo.
Quais ações manter na carteira em 2025?
Em relatório, o Itaú BBA também listou as suas ações favoritas para o atual cenário econômico. O portfólio procura trazer ações com vantagens competitivas e papéis de exportadoras, que tendem a se beneficiar da valorização do dólar.
O banco gosta do setor de Utilities (utilidade pública), pois é um segmento com reajuste vinculado à inflação e que apresenta Taxa Interna de Retorno (TIR) acima da média histórica em relação a títulos públicos. Os nomes escolhidos são: Equatorial (EQTL3), Sabesp (SBSP3) e Santos Brasil (STBP3).
A casa também selecionou empresas dos setores financeiro e de transportes que apresentem vantagens competitivas, como Caixa Seguridade (CXSE3), BTG Pactual (BPAC11) e Direcional (DIRR3). Companhias que oferecem a perspectiva de ganhos de participação de mercado em seu segmento de atuação também foram escolhidas, incluindo Grupo Mateus (GMAT3) e Rede D’Or (RDOR3).
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Papéis ligados a commodities são outros que compõem a carteira de preferências do Itaú BBA. O banco indica Suzano (SUZB3) e Petrobras (PETR4), destacando o potencial da petroleira apresentar um dividend yield (rendimento de dividendo) de dois dígitos. Veja todas as seleções da casa abaixo: