O fechamento de um acordo entre Vale (VALE3), BHP e autoridades do poder público (que inclui o Tribunal Regional Federal da 6ª Região e outras entidades públicas) para encerrar a reparação da Samarco pelos danos provocados em Mariana seria uma “surpresa positiva” na visão do Itaú BBA, compartilhada em relatório nesta segunda-feira (29).
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A proposta envolve o pagamento de R$ 127 bilhões, considerando obrigações passadas e futuras. O objetivo da proposta é liquidar as obrigações judiciais previstas relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG).
De acordo com o Itaú BBA, a realização de um acordo final entre as partes representa o fim de um importante excesso de risco sobre as ações da Vale. Conforme o banco, o problema tem sido a questão chave em torno dos investidores desde 2015.
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“Destacamos que ainda existem questões importantes sobre o montante final a ser desembolsado por cada empresa, como a capacidade da Samarco de financiar diretamente as obrigações. Também observamos que abordar esse problema no Brasil provavelmente reduz as chances de decisões negativas significativas em outras jurisdições, como as disputas em curso no Reino Unido e nos Países Baixos”, afirmou o Itaú BBA.
Segundo o banco, a proposta deve gerar um impacto limitado nas provisões atuais feitas pela mineradora. O Itaú BBA destaca que, conforme o teor da proposta, os US$ 9 bilhões relativos à participação da Vale nas obrigações futuras se traduzem em valor presente no montante aproximado de US$ 4 bilhões, em linha com a provisão feita pela empresa.
“Se um acordo for de fato alcançado, isso representaria uma surpresa positiva para os investidores que esperavam que as provisões da Vale correspondessem às cifras da BHP”, avaliou o banco, destacando que até o quarto trimestre de 2023 a mineradora BHP provisionou US$ 6,5 bilhões.
Segundo o Itaú BBA, não haveria alterações nos níveis atuais de provisão da Vale, o que poderia ser interpretado como positivo para a empresa.
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