Negócios

O que o Itaú BBA espera dos balanços de outros bancos? Veja as previsões

Foram analisados cinco grandes bancos do País: Nubank, Banco do Brasil, Bradesco e Santander e BTG Pactual

O que o Itaú BBA espera dos balanços de outros bancos? Veja as previsões
(Imagem: phonlamaiphoto, em Adobe Stock)

O Itaú BBA acredita que Nubank (ROXO34), Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11) conseguirão manter o otimismo dos investidores para o ano de 2024 após os resultados do quarto trimestre de 2023, que serão divulgados em fevereiro. Na visão do analista Pedro Leduc, Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) ainda devem mostrar resultados pressionados na temporada.

O analista afirma que o balanço do Nubank tende a ser forte, mas que é difícil prever a reação do mercado aos números. Leduc calcula que a fintech terá lucro líquido de US$ 390 milhões, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) na casa dos 25%, graças à boa margem entre taxas cobradas dos clientes e os custos de captação.

“Aumentamos a nossa estimativa para o quarto trimestre em 10% para este relatório. Isto posto, os investidores se acostumaram a esperar uma superação significativa do consenso de mercado”, afirma ele, em documento enviado a clientes. Neste ano, a ação do Nubank já subiu 14%, mas Leduc acredita que o desempenho pós-balanço será instável.

No caso do BB, o Itaú BBA projeta lucro líquido de R$ 9,1 bilhões no quarto trimestre e uma rentabilidade de 21%, com as margens compensando provisões potencialmente altas. “Esperamos que o centro da projeção do BB para o lucro este ano seja de R$ 38 bilhões, levando o banco a mais um ano com ROE na casa de 20%, e com um crescimento de lucros de um dígito alto.”

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Outra sinalização que o banco espera está relacionada aos dividendos. O BB deve divulgar, junto ao resultado, a política de distribuição de proventos que seguirá e Leduc acredita que o porcentual do lucro que é distribuído aos acionistas sairá dos atuais 40% para 50%.

Para o BTG, o lucro deve chegar a R$ 2,8 bilhões, e o BBA afirma que os resultados deste ano devem levar a uma nova expansão na rentabilidade, para mais de 23%. “Esperamos que o crescimento da carteira de crédito acelere, graças a índices de capital e liquidez altos”, escreve Leduc.

Números modestos

Por outro lado, o analista afirma que os números do Bradesco devem ser “modestos”, em linha com as expectativas do mercado. As tendências do quarto trimestre devem ser similares às do terceiro, com queda na margem com clientes e provisões ainda elevadas, mesmo com um crescimento sequencial da carteira de crédito.

“Esperamos um guidance (previsão de entregas) conservador para em 2024, implicando em uma fase de transição para o banco com um retorno gradual de linhas mais rentáveis, como as de varejo [pessoas físicas] e pequenas e médias empresas, um foco na alta renda e esforços de controle de custos nos serviços massificados”, diz Leduc.

Os resultados do Santander devem trazer “impressões mistas” ao mercado, com lucro estável em relação ao terceiro trimestre, na casa dos R$ 2,8 bilhões, e provisões contra a inadimplência ainda pesando sobre o balanço, com uma margem com clientes ainda fraca.